Ao contrário do capitalismo, que se baseia na propriedade privada, o anarquismo defende que a produção social seja gerenciada por ações cooperativas entre os próprios cidadãos.
Os anarquistas também defendem que toda instituição dotada de autoridade e poder “tradicionais”, como Estado, Igreja e Exército, impede o alcance da liberdade, e, em razão disso, deve ser abolida.
Assim, quando falamos em “anarquia”, muitos pensam na ausência de organização (bagunça), devido à falta de um Estado, mas o pensamento anarquista vai além dessa concepção, pois ele propõe um novo tipo de arranjo social, em que os indivíduos (cidadãos) são capazes de equilibrar suas necessidades e vontades racionalmente para conduzir a vida em sociedade sem a necessidade de certas instituições de poder.
Os principais teóricos do anarquismo foram: Pierre-Joseph Proudhon (1809- 1865) e Mikhail Bakunin (1814-1976).
Esse é um dos símbolos mais conhecidos do anarquismo na atualidade. Enquanto a letra “A” representa o nome do movimento, a letra “O” indica a ideia de ordem, o que reforça a tese de que “anarquia” não é sinônimo de “bagunça”, “desordem”.
A diferença entre o socialismo e o anarquismo consiste no fato de que, para os socialistas, a implantação de uma sociedade sem desigualdades político-econômicas – chamada de sociedade comunista – deveria ocorrer por meio de um Estado controlado por trabalhadores (ditadura do proletariado), promovendo etapas de desenvolvimento econômico e social para gerar a eliminação desse governo e assim permitir o surgimento do comunismo.
No anarquismo, todo e qualquer governo tem a finalidade de legitimar uma classe no poder e cercear as liberdades individuais. Dessa forma, a ditadura do proletariado é vista como uma reprodução dos Estados liberais e a única saída possível seria a imediata implantação do comunismo.
Por: Wilson Teixeira Moutinho