Sociologia

Jovens e Instituições Sociais

Dirigido pela professora Efigênia, que trabalha no ramo da Sociologia, este trabalho tem como objetivo assimilar os conteúdos trabalhados em sala de aula com a vida cotidiana de nós, jovens.

O tema proposto

Elaborar um álbum relacionando a juventude com as Instituições Sociais, explicando sobre as perspectivas e polêmicas referentes a cada uma delas”. Para a execução de tal, lançamos mão de um material que veio a aparecer em um ótimo momento.

As informações aqui contidas são inteiramente baseadas em nossas fontes de pesquisa, bem como no aproveitamento das aulas teóricas. Coube a nós pesquisar, ler e repassar o que foi lido a este material.

Esperamos que seja prazeroso o desfrute deste, por vocês, caros leitores, a quem dedicamos com muito carinho esta nossa obra.

Família

Atualmente, o jovem vem se destacando nas relações familiares. Os filhos promovem revoluções dentro de casa e, mesmo menores de idade, têm voz ativa onde vivem. Tudo isso porque a atual juventude é mais bem informada do que as gerações passadas, graças à liberalização educacional. Assim, os jovens estão promovendo mudanças comportamentais positivas para a família e para a sociedade.

Geralmente, quando um membro jovem da família começa a colocar suas ideias em prática dentro de casa, cria-se uma resistência por parte dos pais, que gradativamente vai diminuindo, até cederem aos argumentos dos filhos.

Igreja

“Os jovens estão fazendo a trilha inversa à de seus pais: retomaram o gosto por ir à igreja e hoje fazem dela um ponto de encontro”; assim começa a reportagem que fala sobre os jovens em relação à igreja. A mudança na forma de como são feitos os cultos religiosos, como, por exemplo, os estilos musicais aderidos à música religiosa, conquistaram a juventude, que se faz mais presente nos cultos. Há também uma boa porcentagem de jovens que acreditam em um Deus, apesar de não terem uma religião.

Em relação a essas mudanças havia uma forte resistência por parte da Igreja Católica, que é uma instituição altamente conservadora, mas que já foi bem diluída e hoje há uma aceitação maior das mudanças – que foram para melhor.

Estado

Diante de um país cheio de injustiça, pobreza e outros adjetivos mais, e vendo também que nada está sendo feito para mudar este quadro, realmente, como afirma o artigo, dá vontade de ter vivido nos tempos da ditadura militar. Não pelos movimentos estudantis em si, mas sim pela disposição que se dispunham os jovens daquela época para mudar o país – o que hoje está em falta. Os jovens devem cumprir suas lições de casa (deveres) e também se organizar, como ocorreu naquela época, para exigir os direitos de todo cidadão.

Mas para isso é preciso que nós, jovens, mudemos nossos hábitos e mentalidades. Ler mais faz parte dessa mudança. Somos um povo que não tem o hábito de ler (brasileiros leem, em média, dois livros por ano, enquanto na França, lê-se, em média, nove). O jovem tem em mente que de tudo o que tinha de se fazer pelo país já foi feito por seus pais, o que não é verdade. Nossos pais fizeram a parte deles, lutando pelas eleições diretas. Cabe agora a nós, lutar pela democracia ao pé da letra, acabar com as diferenças em nosso país para que em um futuro – não muito próximo, infelizmente – nossos descendentes possam viver em um mundo mais justo, digno, amigável.

Escola

O jovem dedica boa parte de sua atenção para esta Instituição Social, pois são necessárias cada vez mais informações para se ter melhores chances no mercado de trabalho e é papel da escola orientar os jovens na busca dessas informações.

Há muita polêmica entre os jovens sobre a escolha do curso e, consequentemente, da carreira a qual seguir. Isso se deve ao crescente número de cursos novos, oferecidos pelas universidades. O tema é geralmente abordado tardiamente nas escolas de Ensino Fundamental (somente no terceiro ano do segundo grau) e, para piorar a indecisão do jovem, os pais não sabem como agir: uns pressionam; outros argumentar que não querem interferir na decisão do filho. Aí, eles deixam de orientar o jovem.

Ler e obter informações são o melhor método para abrir o caminho do jovem até a universidade. Outra coisa que ajuda também é visitar universidades, saber o perfil dos cursos de mais interesse, assistir alguma aula e conversar com profissionais da área.

Trabalho

Em um país onde o desemprego ainda é grande, muitos jovens sonham com uma boa carreira profissional e buscam caminhos para chegar até lá. Apesar de haver aqueles que trabalham pela necessidade, existem também jovens que começam a trabalhar desde cedo visando suas independências. Não são poucos os casos de adolescentes que já começaram com seu próprio negócio, como mostra a reportagem. Muitos deles desenvolveram-se bem nas simulações empresariais que as escolas especializadas no ramo propõem (Junior Achievement) e já engrenaram seu próprio negócio.

Pena ser para poucos este tipo de oportunidades (e também sorte). Geralmente, quem consegue engrenar-se, cedo, com seu próprio negócio são os jovens de classe média-alta, em que os pais têm condições de mantê-los em escolas do ramo e bancar o capital inicial para a produção.

Lazer

Entre a maior parte dos jovens o meio de lazer predileto são as lan houses, casas de jogos de computadores conectados em rede. São poucos aqueles que nunca foram pelo menos uma vez em uma dessas casas. Os mais assíduos comparecem, em média, três vezes por semana e passam duas horas e meia em frente ao computador. As atrações são muitas, desde jogos, acesso à internet, blogs, comunicadores instantâneos, até lanchonetes dentro desses estabelecimentos. A intenção é fazer com que a pessoa fique o máximo de tempo lá.

Pesquisas mostram que os videogames podem ter efeitos benéficos aos jovens, como desenvolvimento da coordenação visual e motora, além do espírito de equipe e promoção de interação social. Porém, muito tempo em frente ao computador pode causar problemas de saúde. Também existem alguns jogos não recomendados para todas as faixas etárias por serem muito violentos. Especialistas recomendam que os pais visitem essas casas onde seus filhos costumam frequentar para controlar o tipo de jogo que eles jogam e até mesmo o tempo que eles podem passar se divertindo em frente ao computador.

Conclusão

A posição do jovem dentro da sociedade brasileira não é das piores – com suas exceções, é claro. O passar dos anos tem mostrado uma grande conscientização, em relação às instituições mais próximas ao jovem, tais como família, escola e trabalho. Porém, nossa fonte de pesquisa mostrou um descaso com aquela instituição que tem a função de promover o bem de todos: o Estado. A falta de mobilização social contra os governos tem feito com que a política em nosso país não evolua.

Questões de fé e religião são essenciais na vida dos jovens, o que talvez seja uma grande surpresa, ou uma prova de que poder escolher é o melhor caminho. Digo isto comparando a instituição Igreja atual com épocas remotas e antigas. A Igreja Católica praticava uma “ditadura religiosa”, totalitária, que punia aqueles que burlassem seus dogmas. Já não tão remotamente assim, aqui nos anos 60, onde surgiram os movimentos hipes, a religião passou a ser deixada de lado por nossos avôs e até pais. Esta época serviu para que todas as Instituições Religiosas evoluíssem em prol da conquista do público jovem, que hoje fazem dos cultos seus pontos de encontros.

A tecnologia tem estado ao lado dos jovens em todo momento, inclusive no lazer. Comunicação instantânea, interação social. As máquinas têm seus poderes benéficos na vida do adolescente.

Valorização do estudo, a preocupação com a carreira, prática do bem. Quem sabe esta é a fórmula para se mudar um país e poder, um dia, descansar ao lado de quem a gente gosta.

Referências Bibliográficas

Revista Veja edição especial – Jovem, nº32. Editora Abril. Junho de 2004.

Apostila escolar: Agrupamentos sociais, Instituições sociais e Cultura.

Autoria: Hugo L. Campos Ferreira

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