Artes

Pós-Impressionismo

Pós-impressionismo designa-se por um grupo de artistas e de movimentos diversos onde se seguiram as suas tendências para encontrar novos caminhos para a pintura.

Estes, acentuaram a pintura nos seus valores específicos – a cor e bidimensionalidade, chamam-se genericamente pós-impressionistas aos artistas que não mais representavam fielmente os preceitos originais do Impressionismo, ainda que não tenham se afastado muito dele ou estejam agrupados formalmente em novos grupos. Teve a sua origem no impressionismo mas se insurge contra ele devido a sua superficialidade ilusionista da análise à realidade.

Pós-impressionismo é o nome que se dá a diferentes estilos e tendências artísticas cuja origem encontra-se no Impressionismo, tanto como uma reação contrária a ele como visando um desenvolvimento maior da escola.

A maiorias dos artistas considerados pós-impressionistas participaram das exibições impressionistas, mas acabaram por tomar outros rumos na realização de sua arte. A forma das pinturas, o tratamento das cores ou a linha podiam ser objetos de discordância com os impressionistas.

Como o nome já menciona, o Pós-impressionismo foi a expressão utilizada para definir a pintura e, posteriormente, a escultura no final do Impressionismo, por volta de 1885, marcando também o início do Cubismo, já no início do século XX. A maioria de seus artistas iniciou-se como Impressionista, partindo daí para diversas tendências distintas.

Obra do pós-impressionismo de Vincent Van Gogh
Trigal em Corvos – Vincent Van Gogh

PINTURA

Na pintura, o mais velho dos Pós-Impressionistas foi Paul Cézanne (1839-1906), com obras fortemente estruturadas, utilizando formas geométricas bastante simples, desrespeitando a natureza e a realidade.

Especializando-se em fazer “naturezas-mortas”, Cézanne buscou trazer à vista o que é permanente, estando aquém do que pode ser acidental. Entre suas obras destacam-se Fruteira, Copo e Maçãs, no qual a preocupação com o “sólido e durável” era sua temática.

Um dos pós-impressionistas mais famosos é sem dúvida Vincent Willem Van Gogh (1853-1890), que dentro do impressionismo não tinha liberação artística suficiente para melhor exprimir suas emoções. Durante sua juventude foi pregador religioso, tomando-se pintor por volta dos trinta anos. Sua vida com a pintura foi dividida em quatro fases: iniciando na Holanda, seus quadros possuíam os contrastes de claro-escuro, em Paris, como Impressionista, suas angústias manifestavam-se em suas obras; em Arles, ao sul da França, conseguiu libertar-se do Naturalismo, transformando o estilo em um colorido abstrato; e, após várias crises nervosas, transferiu-se para Anvers, uma cidade tranquila ao norte da França, onde em três meses conseguiu pintar cerca de oitenta quadros, destacando-se dentre eles Trigal com Corvos.

ESCULTURA

A grande maioria da escultura pós-impressionista foi influenciada por Auguste Rodin. Os escultores conseguiram criar figuras harmoniosas num total equilíbrio com o ambiente. Um dos artistas que mais se destacou neste período foi Aristide Maillol, admirador da escultura grega primitiva, usava figuras femininas nuas como um símbolo da vitória e misturava em suas peças a emoção com a sobriedade.

ARQUITETURA

A arquitetura não foi uma manifestação artística muito desenvolvida no pós-impressionismo. Podemos dizer que somente após o término da Primeira Guerra Mundial a influência do expressionismo manifestou-se na arquitetura, antes de os edifícios e construções se tornarem simples e com grau de funcionalidade de acordo com o novo estilo moderno da época. Dentre as realizações, destaca-se a Torre Eintein, em Potsdam, obra de Erich Mendelsohn.

CONCLUSÃO

Com o conteúdo apresentado podemos concluir que o pós-impressionismo surgiu em oposição a máquina fotográfica, que surgiu no século XX tomando o lugar dos artistas, que, na tentativa de recuperar o espaço perdido para a máquina, começaram a desenvolver novas técnicas de pintura como o cubismo, o pontilhado entre outros.

Autoria: Rafael Mundel

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