Astronomia

Satélites Artificiais

Atualmente, uma importante parte de nossa comunicação é feita via satélite, ondas eletromagnéticas são transmitidas devido à presença, no espaço, de satélites artificiais que orbitam a Terra.

Como é feito o lançamento

Satélites artificiais são engenhosamente colocados, por meio de foguetes, em uma órbita elíptica, que tem como um dos focos o centro da Terra.

Os satélites artificiais são geralmente lançados por um foguete-motor de diversos estágios. A ação da força propulsora deve cessar ao serem excedidos os limites da atmosfera densa, na qual o satélite seria rapidamente consumido por aquecimento cinético. A direção da velocidade no momento em que o satélite é posto em órbita deve ser perpendicular à direção satélite–Terra. A velocidade é então dita “horizontal”.

Os primeiros satélites postos em órbita foram o Sputnik I (4 out. 1957) e o Sputnik II (3 nov. 1957), lançados pelos soviéticos, e seguidos pelo Explorer I (31 jan. 1958), lançado pelos norte-americanos.

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Como a comunicação ocorre

A estação transmissora envia o sinal para o satélite, que se encontra orientado para o lugar de destino. Uma vez recebido pelo satélite, o sinal é amplificado e re-enviado (no caso de um satélite ativo) para a Terra, onde é captado por uma antena receptora correspondente.

Como a comunicação via satélite ocorre.

Tipos de satélites artificiais

Um satélite atua, basicamente, como um repetidor situado no espaço: recebe os sinais enviados pela estação terrestre e os retransmite a outro satélite ou de volta aos receptores terrestres. Há dois tipos de satélites artificiais:

  • Satélites passivos. Limitam-se a refletir o sinal recebido sem atuar sobre ele, comportando-se como um espelho no qual o sinal ricocheteia.
  • Satélites ativos. Amplificam os sinais que recebem antes de reenviá-los para a Terra. Esses são os mais utilizados.

Um sistema de comunicação por satélites é composto fundamentalmente de:

  • um satélite ou um conjunto de satélites, que constituem o elemento principal, pois são encarregados de estabelecer a comunicação entre o locutor e o locutário;
  • um centro de controle, que é responsável por monitorar o funcionamento correto dos satélites;
  • estações terrestres (transmissoras e receptoras), que são capacitadas para, com antenas adequadas, emitir e receber os sinais transmitidos.

Os satélites e suas órbitas

Os satélites são colocados em órbita por foguetes espaciais que os posicionam circundando a Terra, a distâncias relativamente próximas, fora da atmosfera.

Os tipos de satélite, segundo suas órbitas, são:

  • Satélites LEO (Low Earth Orbit, que significa “órbita baixa”). Orbitam a Terra a uma distância de 1 000 km e podem dar a volta ao mundo em duas horas. São usados para fornecer dados geológicos sobre o movimento de placas terrestres e pela indústria de telefonia via satélite.
  • Satélites MEO (Medium Earth Orbit, que significa “órbita média”). São satélites que se movem em órbitas de aproximadamente 10000 km de distância. São utilizados em comunicações telefônicas e televisivas e para medições de experimentos espaciais.
  • Satélites HEO (Highly Elliptical Orbit, que significa “órbita muito elíptica”). Esses satélites não têm uma trajetória circular, e sim elíptica, o que possibilita que alcancem distâncias muito maiores no ponto mais afastado de sua órbita. São utilizados frequentemente para mapear a superfície da Terra, já que podem detectar um amplo ângulo da superfície terrestre.
  • Satélites GEO. Os satélites GEO têm velocidade de translação igual à velocidade de rotação da Terra, o que lhes permite permanecer suspensos sobre um mesmo ponto do globo terrestre, sendo por isso chamados satélites geoestacionários. Para que o satélite acompanhe a velocidade da Terra, é necessário que fique em órbita à distância de 35 800 km sobre o equador. São destinados às emissões televisivas e telefônicas, à transmissão de dados a grandes distâncias e à obtenção e difusão de dados meteorológicos.
Órbita dos satélites artificiais.
Representação da disposição das órbitas para os diferentes tipos de satélites.

Importância dos satélites artificiais

A importância dos satélites artificiais no mundo atual é extrema, e pode ser citado o fato de que, para as grandes potências, um país que domina a tecnologia de lançamento de satélites é um país já “desenvolvido”, uma vez que a maioria dos meios de comunicação utilizam os satélites como meio de propagação de suas ondas.

Um exemplo é a televisão. As ondas eletromagnéticas são geradas numa estação chamada geradora, e lançadas para a órbita da terra, onde são recebidas por um satélite. Este, por sua vez, retransmite o sinal para uma segunda estação na terra, chamada receptora, muitas vezes a milhares de quilômetros de distância.

Por meio de sinais eletromagnéticos auxiliados por satélites, também funcionam alguns tipos de telefonia celular, TV´s por assinatura, alguns tipos de radioamador, etc..

Outro exemplo é o moderno Sistema de Navegação Por Satélite (GPS – sigla de Global Sattelite Position). É um aparelho portátil, que, por meio de uma pequena antena, determina o posicionamento de 3 ou mais satélites em órbita da terra. Com base nos dados recebidos desses satélites, e por meio de cálculos matemáticos com relação ao tempo de retorno do sinal emitido pelos mesmos, determina sua posição em qualquer ponto da superfície do planeta Terra.

Importante salientar que tudo isso só é possível graças ao auxílio dos satélites artificiais, sem os quais o volume e a qualidade das informações que nós nos acostumamos a receber seriam muito inferiores.

Bibliografia:

Enciclopédia Digital Kougan Houaiss
Revista Superinteressante

Autoria: Mary Valentim

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