A abelha que comumente conhecemos, a Apis mellifera, é uma espécie europeia, domesticada, produtora de mel e cera. Alimentam-se do néctar e pólen das flores e, devido a esse fato, são importantes para a polinização das plantas. Pertencem ao filo artrópoda, classe Insecta, ordem Hymenoptera, família Apidae, subfamília Apinae, tribo Apini.
Estrutura
Apresentam o corpo segmentado em três partes bem definidas: cabeça, tórax e abdome. Possuem quatro asas ligadas ao tórax, nas quais as asas posteriores estão ligadas às anteriores por ganchos, apresentam um par de antenas na cabeça e três pares de patas (também ligadas ao tórax).
As fêmeas possuem um canal de postura de ovos (ovopositor) bem desenvolvido, transformado em ferrão que serve de arma para ataque e defesa. São insetos holometábolos, ou seja, de metamorfose completa.
Tipos de abelhas e a vida na colmeia
São insetos sociais, divididos em castas onde há uma predominância das fêmeas. Estas castas dividem-se em rainha, zangões e operárias. O sexo é determinado pela fecundação, onde os óvulos não fecundados dão origem a machos (zangões) e os fecundados a fêmeas (rainhas ou operárias).
Em cada colmeia só pode haver uma única rainha. Se nasce uma nova rainha na comunidade, esta é morta pela mais velha ou uma delas sai da colmeia (geralmente a rainha mais velha) com um conjunto de operárias para fundar uma nova colmeia, já que a rainha é incapaz de fundar um novo ninho sozinha.
As rainhas realizam um único voo (com exceção do voo para a fundação de uma nova colônia), e este é chamado “voo nupcial”, onde os zangões copulam com a rainha e em seguida morrem, pois seus órgãos reprodutivos, literalmente, explodem para o interior da fêmea. Em um voo, a rainha pode copular com vários zangões guardando os espermatozoides destes, para o resto de sua vida, em seu abdome chamado espermateca. A rainha pode pôr até mil ovos por dia.
A dieta que as criadeiras fornecem para estas larvas resulta no seu desenvolvimento em fêmeas estéreis (operárias). O comportamento de criação de uma operária é resultado de um feromônio (“substância da rainha”), produzido pelas glândulas mandibulares da rainha, ou seja, enquanto a rainha produz esse feromônio, a construção de células reais fica inibida.
Quando a vitalidade da rainha diminui, ou na época de enxameamento, a produção desse feromônio declina, e células reais são construídas; nelas são colocados ovos e geleia real e, graças à composição desse complexo alimentar, as larvas que se alimentam dele desenvolvem-se em rainha. Esse feromônio também tem a função de inibir o desenvolvimento do ovário das operárias e mantém a atração da rainha operária.
Autoria: Regina Santana da Silva