A descoberta da célula ocorreu após a invenção do microscópio por: Hans e Zacarias Jensen (1590). Robert Hooke, 1665, apresentou à Real Sociedade de Londres resultados de suas pesquisas sobre a estrutura da cortiça observada ao microscópio em finos cortes.
O material apresentava-se formado por pequenos compartimentos hexagonais delimitados por paredes espessas, lembrando, o conjunto, os favos de mel das abelhas. Cada compartimento foi chamado célula (pequena cavidade).
Sabe-se hoje que o tecido observado por Hooke (súber) está formado por células mortas, em cujas paredes houve deposição de suberina, tomando-as impermeáveis e impedindo as trocas de substâncias (entrada de alimentos e oxigênio, saída de detritos etc.). Após a suberificação e morte do tecido, restam as paredes espessas, delimitando espaços cheios de ar. (Fig.)
A descoberta da célula e de um mundo microscópico despertou grande interesse em outros cientistas e, ano após ano, os estudos avançaram, elucidando e descrevendo diversas estruturas, hipóteses e teorias relacionadas à célula.
Uma dessas teorias, talvez a mais importante delas, por ser a primeira, foi a teoria celular, proposta em meados de 1830 por dois alemães, Matthias Schleiden e Theodor Schwann. Eles sustentavam a ideia de que “todos os seres vivos são constituídos por células”.
Os primeiros citologistas verificaram em estudos mais elaborados que as células eram constituídas de três estruturas básicas: membrana plasmática, citoplasma e material genético.
A membrana plasmática tem como principal função o controle da entrada e da saída de substâncias da célula; o citoplasma possui estruturas especializadas, responsáveis pelas reações químicas essenciais à vida da célula; o material genético atua no controle das atividades celulares. Mais tarde, observou-se que os vírus são acelulares, ou seja, não possuem estrutura celular.
Sendo assim, a célula foi considerada a unidade básica de todos os seres vivos. Estudos posteriores revelaram a existência de dois tipos básicos de células: as procarióticas e as eucarióticas.
Por: Wilson Teixeira Moutinho