Estômatos são estruturas epidermais, específicas das folhas, responsáveis pelas trocas gasosas e pela transpiração. Ocorrem também em alguns ramos herbáceos ou hastes.
Cada estômato tem duas células estomáticas (células-guarda) alongadas e com reforço nas paredes celulósicas. Entre as células-guarda fica uma fenda, o ostíolo, cuja abertura depende do grau de turgescência celular.
O grau de abertura pode ser assim regulado pela planta, diminuindo ou aumentando os valores da transpiração. As células-guarda são as únicas da epiderme das folhas a apresentar cloroplastos. Isso é importante para o mecanismo de abertura do ostíolo.
Sob os estômatos fica uma grande câmara subestomática em conexão com o parênquima lacunoso. Esse parênquima clorofiliano promove o arejamento total da folha, e nele fica o vapor d’água eliminado pelos ostíolos, por difusão direta.
A maioria das plantas tem estômatos apenas na epiderme inferior das folhas (folhas hipoestomáticas). Em muitas plantas aquáticas, flutuantes, como a vitória-régia, eles ficam só na epiderme superior das folhas, que são chamadas epiestomáticas. Se as folhas crescem verticalmente, como as das gramíneas, eles ocorrem nas duas faces. São folhas anfiestomáticas.
Abertura e fechamento dos estômatos
O grau de turgescência das células-guarda é o fator determinante da abertura dos estômatos (Quando, por entrada de água, as células ficam túrgidas, as paredes opostas ao ostiolo, mais finas, cedem ao serem pressionadas pelos vacúolos e arrastam as paredes com reforço, o que aumenta a abertura do ostiolo) ou fechamento dos estômatos (quando as células-guarda ficam flácidas, as paredes reforçadas se encostam e fecha-se o ostiolo).
A) Células túrgidas, ostíolo aberto.
B) Células murchas, ostíolo fechado.
Observar a deformação das paredes externas, sem reforço, das células-guarda.
Por: Paulo Magno Torres