O solo é a camada superficial da crosta terrestre composta basicamente de minerais provenientes da degradação das rochas e de material orgânico de origem vegetal e animal. O processo de origem dos solos é chamado de pedogênese.
Processo de formação do solo
Todo o processo de formação do solo começa com a desagregação e a decomposição de rochas. Em contato com a atmosfera, as rochas têm sua composição química e suas características físicas alteradas pela ação do calor do sol, da água das chuvas, dos ventos e de outros fatores ambientais. Dizemos em outras palavras, que as rochas sofrem intemperismos físicos e químicos.
Com a ação dos intemperismos, as rochas são reduzidas a pequenos fragmentos, formando um material solto, que pode servir de habitat para microrganismos, plantas e pequenos animais. Então, esses seres vivos, à medida que completam seu ciclo de vida, vão sendo decompostos, dando origem ao húmus, camada de matéria orgânica do solo.
Simultaneamente, os minerais mais vulneráveis ao intemperismo se transformam em argila, que pode ser conduzida de uma região para outra através das águas das chuvas infiltradas naquela porção de terra.
Assim, a ação de uma série de processos químicos, físicos e biológicos começa a dar forma ao solo, que se organiza numa sequência de camadas de diferentes aspectos e composições. Essas camadas sobrepostas recebem o nome de horizontes do solo, e o conjunto de horizontes, por sua vez, dão origem ao perfil do solo. Quando o solo é bem desenvolvido, seu perfil apresenta, pelo menos, 4 tipos diferentes de horizontes.
Fatores que determinam a formação dos solos
Clima – a umidade e a variação de temperatura interferem na intensidade e na velocidade dos intemperismos das rochas, bem como na distribuição de matéria orgânica e mineral nos perfis dos solos.
Em regiões de clima quente e úmido, a ação do intemperismos é muito mais intensa e rápida, uma vez que o aumento da temperatura acelera a velocidade das reações químicas (que provocam a decomposição das rochas).
A umidade é um fator importante, também, porque a água reage com os minerais, dando origem a ácidos, que provocam a corrosão das rochas.
Material de origem – A rocha que dá origem ao solo é chamada de rocha matriz. Em condições climáticas idênticas, cada tipo de rocha origina um tipo diferente de solo, o que varia de acordo com a sua constituição. Os solos derivados do arenito, por exemplo, são mais arenosos.
Relevo – o formato desigual do relevo favorece a distribuição irregular da água das chuvas, do calor e da luz. A diferença de topografia proporciona o acúmulo de água em locais mais baixos e côncavos, logo, o maior contato da rocha com a água facilita a ocorrência de reações químicas responsáveis pela sua degradação.
O mesmo não acontece, porém, nas regiões de maior declive, pois a exposição da rocha à água da chuva é menor. Além disso, o nível de exposição aos raios solares também influi no intemperismo da rocha que dará origem ao solo.
Presença de organismos vivos – A decomposição de restos animais e vegetais realizada por microrganismos (bactérias, fungos e algas) influi na quantidade de matéria orgânica do solo.
Tempo cronológico – o período de exposição do solo à atmosfera determina a maturidade do mesmo. Os solos mais velhos, em geral, são mais profundos que os solos mais novos.
Os solos desempenham um papel fundamental na sobrevivência de diversos povos no planeta. Trata-se de um importantíssimo recurso natural, que pode ser explorado de diversas formas e que, por isso, deve ser constantemente preservado.
Referências:
- ALVES, Andressa, BOLIGIAN, Levon. Geografia – espaço e vivência. São Paulo: Atual, 2004.
- MOREIRA, João Carlos, SENE, Eustáquio de. Geografia volume único. São Paulo: Scipione, 2009.
Por: Mayara Lopes Cardoso