O tecido ósseo é formado pelos ossos, constituindo o esqueleto da maioria dos vertebrados, exceto dos peixes cartilaginosos. O conjunto de ossos constitui o sistema esquelético.
Composição do tecido ósseo
Apresenta matriz extracelular rica em fibras colágenas e fosfato de cálcio, além de outros íons, como sódio, potássio e magnésio. A presença dos íons, principalmente, fosfato de cálcio, associados às fibras colágenas, confere ao tecido conjuntivo ósseo maior resistência e rigidez, quando comparado com as cartilagens.
No tecido ósseo adulto, a matriz óssea é constituída por substâncias orgânicas e inorgânicas, sendo metade delas de fibras colágenas e a outra metade de sais como, por exemplo, de fosfato, entre outros íons.
Muitos ossos apresentam unidades básicas denominadas osteônios ou sistemas harvesianos, formados por camadas concêntricas de matriz óssea mineralizada, depositada ao redor de um canal central dotado de vasos sanguíneos e nervos.
As células que produzem a matriz óssea são denominadas osteoblastos. São células jovens, formadas por muitos prolongamentos, os quais apresentam intensa atividade metabólica e são responsáveis pela produção orgânica da matriz óssea, ou seja, pela síntese das fibras colágenas; além disso, exercem influência na incorporação de minerais. Os prolongamentos citoplasmáticos de um osteoblasto têm contato íntimo com outros osteoblastos vizinhos. À medida que secreta a matriz óssea, os osteoblastos ficam confinados no interior de lacunas, das quais partem canais com suas projeções citoplasmáticas.
Quando as células se tornam maduras, seus prolongamentos se retraem; elas permanecem apenas no interior das lacunas, sendo denominadas osteócitos. Os canais onde se projetavam os prolongamentos são usados como pontes de comunicação entre dois ou mais osteócitos, para a manutenção da matriz óssea e para as trocas de substâncias essenciais para as células.
Além dos osteoblastos e dos osteócitos, o tecido ósseo apresenta um tipo de célula responsável, principalmente, pela remodelação, pela regeneração e pela reabsorção da matriz óssea – os osteoclastos – que são células “gigantes”, multinucleadas, originadas a partir da fusão de vários monócitos. Tem intensa atividade metabólica, secretando enzimas que digerem a parte orgânica da matriz óssea, propiciando a volta dos sais minerais, para a corrente sanguínea, ou, ainda, destruindo áreas envelhecidas do osso, regeneradas e remodeladas em conjunto com os osteoblastos.
Funções do tecido ósseo
A principal função é a sustentação, pois forma o sistema esquelético do indivíduo. Um adulto da espécie humana, por exemplo, possui 206 ossos, que são responsáveis por, aproximadamente, 15% de sua massa corporal.
No interior dos ossos longos, encontra-se a medula óssea, que pode ser vermelha, responsável pela produção das células sanguíneas, ou amarela, rica em células de gordura, conhecida popularmente de tutano.
Revestimento dos ossos
Os ossos apresentam revestimentos externos e internos, denominados, respectivamente, de periósteo e endósteo. Esses revestimentos, formados por tecido conjuntivo denso não modelado, apresentam vascularização e células mesenquimatosas, que se diferenciam em osteoblastos, sendo importante fonte produtora dessas células.
Classificação do tecido ósseo
Um corte transversal em um osso longo, por exemplo, evidencia duas partes: uma compacta, sem cavidade ou espaços internos, e outra, com muitas cavidades e espaços internos, denominadas, respectivamente, por osso compacto e osso esponjoso.
A principal diferença entre osso compacto e esponjoso está apenas na disposição de seus elementos e na quantidade de espaços que os delimitam, apresentando os mesmos tipos de células, fibras e substância intercelular.
Por: Wilson Teixeira Moutinho
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