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Plâncton – Fitoplâncton e Zooplâncton

Define-se como plâncton todos os organismos animais e vegetais incapazes de vencer os movimentos do mar, flutuando passivamente na coluna d’água, ou nadando fracamente. A grande maioria dos componentes do plâncton é microscópica, havendo exceções como as medusas, o Krill e outros invertebrados, que são macroscópicos. O plâncton divide-se, fundamentalmente, em dois grandes grupos, o fitoplâncton e o zooplâncton.

FITOPLÂNCTON

O fitoplâncton é composto pelos organismos vegetais, ou seja, espécies capazes de realizar a fotossíntese. Basicamente os componentes do fitoplâncton são as algas unicelulares, pertencentes a vários grupos taxonômicos. Dois grupos de microalgas, no entanto, são os mais representativos no oceano, tanto em número de espécies como em abundância de indivíduos, que são as diatomaceas e os dinoflagelados.

As diatomaceas são algas unicelulares, constituídas externamente por uma carapaça de sílica denominada teca, subdividida em duas metades que se encaixam. As carapaças são frequentemente ornamentadas com espinhos filamentosos e prolongamentos cuja função é aumentar a superfície do corpo a fim de facilitar a flutuação. Reproduzem-se em uma velocidade espantosa, chegando a quatro vezes por dia.

Plâncton

Deve-se lembrar que os organismos do fitoplâncton precisam permanecer nas águas superficiais do oceano para que possam fazer fotossíntese. A luz está presente em quantidades adequadas apenas até os duzentos metros de profundidade, sendo este o ambiente do fitoplâncton.

Os dinoflagelados também são unicelulares mas possuem dois flagelos móveis. São capazes ainda de emitir prolongamentos celulares como tentáculos e pseudópodos (similares aos das amebas). Na ausência de luz podem viver, alimentando-se ativamente no ambiente. Representantes deste grupo são os responsáveis pela maré vermelha (floração abrupta destas algas que pode alterar a coloração da água).

O fitoplâncton é na realidade a principal fonte de oxigênio para a atmosfera do planeta. Estas microalgas marinhas produzem mais oxigênio do que precisam no processo de respiração, liberando o excesso no ambiente. O conceito de que a Amazônia é o pulmão do mundo é errado, pois a enorme quantidade de oxigênio produzida pela floresta é totalmente consumida pelas plantas e animais do próprio local.

ZOOPLÂNCTON

Todos os animais do plâncton estão reunidos neste grupo. A diversidade do zooplâncton é extremamente grande, composta tanto por larvas como por animais adultos. As espécies que vivem no plâncton durante apenas uma fase da vida (fase larval) são chamadas de meroplâncton, enquanto que as espécies que passam toda a vida no plâncton são denominadas holoplâncton. As larvas apresentam características morfológicas, fisiológicas e comportamentais muito variadas, o que está ligado com a história evolutiva do grupo animal ao qual pertence.

Filos ou grupos de filos aparentados evolutivamente tendem a apresentar estágios larvais planctônicos característicos. Com base nesta realidade, já foram descritas dezenas de tipos e estágios larvais, como por exemplo a trocófora (de moluscos e poliquetas), zoea (crustáceos), plânula (cnidários), entre outras.

Os componentes do zooplâncton temporário (meroplâncton) são principalmente larvas de moluscos, vermes poliquetas, esponjas, acidais, crustáceos, e equinodermas. Os ovos e alevinos de peixes são um grupo importantíssimo do zooplâncton, denominado ictioplâncton. O zooplâncton permanente (holoplâncton) é constituído basicamente de crustáceos como camarões e o Krill, quetognatos (animais carnívoros do filo Chaetognatha), ostracodos e medusas. Na realidade as medusas verdadeiras (cifomedusas) têm uma breve fase da vida (estagio larval) em que vivem fixas ao substrato. No entanto, permanecem no plâncton por toda a vida adulta.

O plâncton é um componente fundamental do ecossistema marinho, sem o qual não seria possível manter seu equilíbrio. Além de viabilizar a sobrevivência de centenas de milhares de espécies, tem crucial importância na manutenção de toda a cadeia alimentar marinha.

Por: Vaudemir Goulart Júnior

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