LÍNGUA
Existe na China, uniformidade da escrita. A língua falada pela população han varia, porém, consideravelmente. Existe, naturalmente, uma grande diversidade de idiomas entre as minorias nacionais.
Os tibetanos têm, por exemplo, a sua própria língua e escrita, ao passo que os uighurs, de Xinjiang, falam um idioma próximo do turco. No norte do país fala-se o mandarim, enquanto que no litoral, de Shanghai a Guangzhou, é grande a diversidade de dialetos. Na província de Fujian, apenas, estima-se que sejam falados mais de 100 dialetos.
É política do governo promover o mandarim, em sua versão falada em Beijing, como a língua-padrão nacional. Em que pese a esse esforço, a diversidade linguística ainda permanece como uma das barreiras à plena integração das distintas áreas do país. A diferença o mandarim e a segunda língua mais falada, o cantonês, equivale, por exemplo, àquela que existe entre o português e o francês.
LITERATURA
A brilhante literatura chinesa remonta a épocas antigas e é uma preciosidade cultural. O livro de Ode (Shi Jing), compilado no século VI a. C. é a primeira antologia de poesia chinesa com 305 poemas. Qu Yuan, o primeiro poeta na história literária chinesa escreve uma comprida lírica, Lisao.
Durante dinastias antigas, destacam-se várias formas de literatura, como por exemplo, o fu da dinastia Han, a poesias da dinastia Tang, o ci da dinastia Song, o qu da dinastia Yuan, e romances das dinastias Ming e Qing. Tendo regras, formas, sons e rimas rigorosas, os versos da dinastia Tang e ci da dinastia Song foram geralmente compostos por letrados. Os seu representantes foram Li Bai, Du Fu e Bai Juyi.
Durante as dinastias Ming e Qing, surgiu um grande número de romances. O Romance dos Três Reinos, da autoria de Luo Guanzhong, o À beira d´Água, da autoria de Shi Naian, o A Peregrinação ao Oeste, de Wu Cheng´en, e o Sonho do Pavilhão Vermelho, da autoria de Cao Xueqin, foram classificados como quatros brilhantes obras entre os romances clássicas chinesas e foram publicados em vários idiomas estrangeiros.
No movimento cultural pela nova democracia, nos anos vinte e trinta do presente século, os escritores progressistas representados por Lu Xun empunharam a bandeira anti-imperialista e antifeudal, tomaram a literatura como arma, denunciaram as forças perversas que escravizavam a China e despertaram a população par a luta. Foram obras-primas da época o romance A Verdadeira História de AQ, da autoria de Lu Xun, o romance A meia Noite de autoria de Mao Dun.
Com a fundação da República Popular da China em 1949, a literatura chinesa entrou na fase contemporânea. A rocha vermelha de Luo Guangbin e Yang Yiyan, Canção da juventude, de Yang Mo, Grandes mudanças na aldeia de montanha, de Zhou Libo e outras foram obras representativas da primeira época dessa fase contemporânea, o que refletiam as duras lutas e os enormes sacrifícios no período da libertação. Durante a “revolução cultural” (1968-1978), a literatura teve grandes prejuízos e apresentou um quadro de empobrecimento. A partir da reforma e abertura de 1978, a literatura retomou seu vigor. surgiram obras que refletem a vida do povo na “revolução cultural” (1968-1978) e perspectivas pela nova vida.
ÓPERA DE BEIJING
Entre mais de 300 variedades de óperas locais tradicionais da China, a ópera de Beijing é mais conhecida e influente. Recebeu seu nome porque se formou nesta cidade nos começos do século XIX.
A ópera de Beijing mistura o teatro, a canção, a música, a dança e as artes marciais em conjunto. Nas atividades cênicas de 200 anos, se acumulou mais de mil peças e formou uma série de modelos musicais e fórmulas representativas.
Nos 50 anos desde a fundação da República Popular da China, o Estado e o povo dão muita atenção ao desenvolvimento da ópera de Beijing; os autores profissionais e os artistas criaram muitos novos programas, entre os quais alguns de temas históricos e outros temas das guerras revolucionárias modernas, da edificação socialista e da vida do povo. Ao mesmo tempo, surgem grande quantidade de artistas contemporâneos da ópera de Beijing: Mei Lanfang, Cheng Yanqiu, Ma Lianliang, Zhou Xinfang, Du Jinfang, etc. Para desenvolver esta ; ópera típica da China, muitos artistas e simpatizantes fazem grande quantidade de obras para atrair mais espectadores e levar a ópera aos palcos estrangeiros.
ACROBACIA
Faz 2.500 anos, no Período de Primavera e Outono, na China apareceu a acrobacia. Primeiro se desenvolveram competições de força. Homens fortes lançavam e pegavam rotas pesadas exibindo ao povo força e destreza. Na dinastia Han se popularizou a representação acrobática, que se convertia em programas recreativos tanto nos banquetes imperiais como nas celebrações populares.
A acrobacia da China se difunde de geração em geração. Entre os números famosos figuram: “atravessando argolas”, “jogo de diabolôs”, “jogos com os pés”, “jogos com jarrões”, “jogos com pratos giratórios” e “equilíbrio de grandes taças na cabeça”. Depois da fundação da República Popular da China, em 1949, o Governo cuidou do seu desenvolvimento e a acrobacia conseguiu avanço rápido.
De 1981 a 1997 o país ganhou 35 vezes de modo acumulado, o “Prêmio Presidente da República da França” que é o principal prêmio do Festival Internacional de Acrobacia. A partir de 1987 se comemora cada dois anos o “Festival de Acrobacia Internacional de Wuqiao da China” e os conjuntos nacionais e estrangeiros de alto nível participam das competições e fazem exibições.
RELIGIÃO
A religião chinesa não é uma religião única como o judaísmo ou o islamismo. É constituída de muitas religiões e filosofias diferentes, as mais conhecidas são o confucionismo, cujo nome derivou de seu fundador, Confúcio (551-479 a.C.), e o taoísmo. Ao lado delas, a religião popular é tão extensamente praticada que, embora seja ainda mais diversificada, se constitui em um quarto caminho. Os chineses em geral não sentem que devam aceitar determinada religião ou filosofia e rejeitar as demais. Eles escolhem aquela que parece ser mais conveniente ou proveitosa – seja no lar, na vida pública ou em um dos ritos de passagem.
Confucionismo
As ideias do sábio K´ong-fou-tseu (551-479 a.C.), conhecido no Ocidente como Confúcio, são as mais importantes do pensamento chinês, a par do taoísmo e do budismo. Porém, Confúcio não pretendia fundar uma religião. Seu propósito era propiciar instrução moral e ensinar as pessoas a viver bem, de acordo com os valores de dever, cortesia, sabedoria e generosidade. Uma das ideias mais importantes de Confúcio era que os filhos deviam honrar e respeitar os pais tanto em vida como após a morte. Por isso, ele encorajava a prática do culto aos antepassados, que já fazia parte da religião chinesa. Sábios posteriores como Mêncio (c.372-289 a.C.) e Zhu Xi (1130-1200) transformaram as ideias de Confúcio num sistema religioso.
Taoísmo
Os adeptos do taoísmo buscam um caminho espiritual, o Tao, formulado por antigos pensadores chineses. Porém, o Tao é mais do que um caminho, é definido também como a fonte de tudo neste mundo. Ao seguir o caminho, os taoísta aspiram à união com o Tao, e portanto com as forças da natureza. Isso implica livrar-se de preocupações e apego ao mundo material para concentrar-se no caminho, alcançando assim equilíbrio e harmonia na própria vida e conquistando a paz que vem da compreensão. Diz-se dos que atingem esse objetivo que serão imortais após a morte física. Pensadores taoístas modernos distinguem duas formas desse credo estreitamente ligadas: o taoísmo religioso, que envolve a busca do Tao e o culto das divindades, e o taoísmo como um completo modo de vida, o que inclui ideias tradicionais sobre saúde, meditação e exercício.
Budismo
O budismo é o terceiro dos três caminhos. Ela penetrou na China perto do início da era cristã, atingindo seu apogeu durante a dinastia T´ang (618-907). Ao oferecer aos chineses uma análise da natureza transitória e sofredora da vida, o budismo oferece também um caminho de libertação, introduzindo no entanto a possibilidade de que os ancestrais estejam sendo atormentados no inferno. Rituais para adquirir e transferir méritos aos mortos tornaram-se importantes, seja pela execução correta de funerais, seja por meio de outros rituais. A fim de introduzir o budismo na China, os budistas realizaram vastos programas de tradução, literalmente de textos, mas também de ideias indianas, divindades e outras figuras.
Religião Popular
Há um quarto “caminho”, a religião popular da vida do dia-a-dia, com festivais dramáticos, mundos-fantasma, técnicas de magia (que abrangem desde curar doenças a erguer casas) e cuidados com os mortos e ancestrais. Uma prática importante é a Feng Shui, ou geomancia, a escolha do local das habitações, para mortos ou vivos, em áreas que recebam as correntes do alento vital, o ch´i, por onde ele circula. Cidades podem ser construídas sob esses princípios, buscando harmonizar as energias yin e yang, de cuja interação o universo e suas inúmeras formas emergem.
O Mandato Celestial
A noção chinesa de realeza estava enraizada na crença de que os ancestrais reais tornavam-se divindades e deveriam ser cultuados. Se os governantes chineses ganhassem a aprovação do Céu e dos ancestrais, eles assegurariam a regularidade das estações, uma boa colheita, o equilíbrio correto do yin e do yang na comunidade e a manutenção da hierarquia real. Isso era chamado o Mandato Celestial. Os primeiros textos, preservados no Shu Ching (Clássico da História), revelam uma noção de “direito divino”. O povo chou, que destronou seus governantes em 1027 a.C., estava ansioso para mostrar que o Céu havia sancionado sua sucessão, e o filósofo confucionista Mêncio (371-289 a.C.) ajudou-os a sustentar seu poder afirmando que, se o governante fosse juntos, fizesse sacrifícios para o Céu e cultuasse os ancestrais, então a ordem cósmica, natural e humana seria mantida e o governante conservaria a Mandato Celestial.
DRAGÃO CHINÊS
Dragão (long em chinês e ryu em japonês) segundo a mitologia chinesa, foi um dos 4 animais sagrados convocados por Pan Ku (o deus criador) para participarem na criação do mundo.
É enormemente diferente do ocidental, sendo um misto de vários animais místicos: Olhos de tigre, corpo de serpente, patas de águia, chifres de veado, orelhas de boi, bigodes de carpa, juba…
Representa a energia do fogo, que destrói mas permite o nascimento do novo. (a transformação). Simboliza a sabedoria e o Império.
É representado de várias formas, a mais comum é o dragão de 4 patas, cada uma com 4 dedos para frente e 1 para trás, o dragão imperial, ou carregando uma pérola numa das patas – dragão das águas marinhas.
A Imagem de um dragão azul preside o polo oeste, o oriente.
Referências Bibliográficas:
www.consulado-china-rj.org.br
www.vidaperpetua.com.br