O diabetes é uma alteração no metabolismo da glicose, caracterizada por uma deficiência de insulina ou então a resistência à ação da insulina, com isso, a glicemia se eleva (hiperglicemia). Na espécie humana, podemos encontrar diversos tipos de diabetes e, todos relacionados ao metabolismo da glicose.
Porque ocorre
A princípio, os rins dos pacientes diabéticos são normais, mas como a concentração de glicose está elevada no plasma sanguíneo e no filtrado glomerular, pois foi superada a capacidade máxima de reabsorção de glicose pelas células dos túbulos renais, ocorre a perda de glicose pela urina (glicosúria).
A presença de moléculas de glicose no tubo coletor aumenta a pressão osmótica da urina, aumentando o volume de água (poliúria). Como consequência da perda aumentada de água, o diabético tem mais sede e ingere mais água (polidipsia).
Como as células têm dificuldade para utilizar a glicose, ocorre conversão de proteínas em carboidratos, a utilização das reservas de ácidos graxos do tecido adiposo e perda de peso. A oxidação parcial dos ácidos graxos tende a provocar acúmulo de corpos cetônicos, resíduos dessa oxidação. Os corpos cetônicos presentes no sangue atravessam a parede dos alvéolos pulmonares, saindo no ar expirado, e deixam o hálito com odor característico, chamado hálito cetônico.
Tipos de diabetes
Os principais tipos são o diabete tipo 1,causado pela deficiência total de insulina, e o diabete tipo 2, devido a uma deficiência parcial de insulina e resistência a ação do hormônio. Nos dois casos, não ocorre a retirada da glicose do sangue e sua transferência para o interior das células.
Sintomas e prevenção
Os principais sintomas são sede excessiva, urina abundante, perda de peso, fraqueza extrema, distúrbios visuais, câimbras. A prevenção da doença se faz, principalmente, com atividade física regular e dieta saudável.
Tratamento
O tratamento do diabetes inclui uma dieta pobre em açúcares de absorção rápida. Com moderação, o diabético pode ingerir amido, pois sua digestão fracionada não permite que a elevação da glicemia seja abrupta. Usam-se drogas que diminuem a concentração plasmática de glicose e, dependendo da gravidade do caso, injeções de insulina.
Atualmente, por interposição do gene humano no cromossomo da bactéria Escherichia coli, técnica reconhecida por DNA recombinante, consegue-se produzir a insulina purificada. Além de seu menor custo, a insulina fabricada por essa técnica de Engenharia Genética não tem glucagon, sempre presente nos preparados de origem animal. Outra vantagem do uso da insulina produzida dessa maneira é que, por se tratar de uma molécula idêntica à insulina humana, não provoca reações alérgicas, que podem ocorrer com o emprego das insulinas suína e bovina.
Por: Wilson Teixeira Moutinho
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