A energia hidrelétrica é a energia obtida pela queda da água para um nível inferior, provocando o movimento de rodas hidráulicas (aproveitamento mecânico) ou turbinas.
A energia hidrelétrica exige a construção de represas, canais de desvio de rios e a instalação de grandes turbinas e equipamentos para gerar eletricidade. A preocupação com o ambiente vem concentrando atenções nessa fonte de energia renovável. Há algumas centrais baseadas na queda natural da água, quando a vazão é uniforme. Estas instalações se chamam de água fluente. Uma delas é a das cataratas do Niágara.
A energia hidrelétrica representa cerca de um quarto da produção total de eletricidade no mundo e sua importância vem aumentando. Em alguns países, foram instaladas centrais pequenas, com capacidade para gerar entre um kilowatt e um megawatt. Muitas nações em desenvolvimento estão utilizando esse sistema com bons resultados.
Energia Hidrelétrica no Brasil
A utilização de energia hidrelétrica no Brasil teve início em 1883, com a instalação da usina de Ribeirão do Inferno, em Diamantina (MG). A usina de Marmelos-zero – instalada em 1889 no rio Paraibuna, a 7 km de Juiz de Fora (MG) – foi a primeira com a finalidade de geração de energia elétrica para o uso público.
A partir daí, os estudos do potencial hidrelétrico e a implantação de empreendimentos foram realizados em função da proximidade e dimensões dos centros urbanos.
Para trabalhar com o potencial energético, a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – classifica oito grandes bacias hidrográficas no território nacional: a do rio Amazonas; a do rio Tocantins; a do Atlântico Sul – trechos norte e nordeste; a do rio São Francisco; a do Atlântico Sul – trecho leste; a do rio Paraná; a do rio Uruguai; a do Atlântico Sul – trecho sudeste.
Por sua especificidade, a geração de energia elétrica apresenta dois problemas principais quanto ao seu aproveitamento:
1º – a transmissão a grande distância – distâncias cada vez maiores entre os locais dos aproveitamentos nos diversos rios do país e os centros consumidores exigem o transporte de grandes blocos de energia por uma rede de transmissão extensa e complexa.
2º – as questões ambientais – a construção de grandes reservatórios de água vem, nos últimos 10 anos, sendo questionada, diante dos aspectos negativos provocados pelos impactos ambientais causados pela inundação de terras e alterações nos regimes dos rios. Isso afeta as populações vizinhas, os meios físico e biológico. Por outro lado, esses reservatórios – assim como os açudes – permitem uma multiplicidade de usos, como: o controle de cheias, a navegação, o abastecimento de água e a irrigação.
Vantagens da Energia Hidrelétrica
Entre os aspectos positivos da hidroeletricidade destaca-se o fato de o sistema basear-se numa fonte energética renovável e que não polui a atmosfera. Além disso, o Brasil tem uma grande experiência acumulada no setor tanto para a construção de centrais elétricas, como também no sistema de transmissão a elas associados.
Na década de 1970, iniciou-se o processo de integração elétrica do Brasil com os países vizinhos – Paraguai e Uruguai – com a implantação de projetos hidrelétricos binacionais.
A energia elétrica de origem hidráulica é a mais utilizada no Brasil, representando 95% do total produzido no país, destacando-se essa importante fonte primária pelo montante do potencial disponível e por sua atratividade econômica.
Por: Renan Bardine