O início da formação territorial dos Estados Unidos foi dado pelos ingleses quando ocuparam a porção oriental (planície litorânea Atlântica) da América do Norte. No litoral meridional subtropical, implantaram plantations de algodão e tabaco, e o litoral norte temperado permaneceu praticamente despovoado, isto é, não atraiu os migrantes da Europa ainda pré-industrial (séculos XVI e XVII).
A expulsão dos camponeses ingleses das suas terras com a desestruturação do sistema feudal alavancou a emigração para a costa atlântica norte, que era ocupada por alguns grupos indígenas. Os imigrantes implantaram na região pequenas e médias propriedades. A burguesia mercantil embrionária na região produzia artigos que eram trocados por escravos africanos.
Os gastos da Inglaterra com a conquista das terras entre os montes Apalaches e o rio Mississippi (Nova França) e para dominar os indígenas fizeram a Coroa britânica cobrar impostos das suas colônias americanas (Stamp Act – Tea Act). A reação dos colonos contra o excesso de impostos alavancou o processo de independência das Treze Colônias Americanas. Em 4 de julho de 1776, Thomas Jefferson elaborou a declaração de Independência dos Estados Unidos.
A Inglaterra reconheceu a independência dos Estados Unidos em 1783. A nova nação ocupava um extenso território que ia do delta do rio Mississippi à porção oeste dos Grandes Lagos.
No início do século XIX, os Estados Unidos conseguiram por 15 milhões de dólares os territórios da Louisiana que pertenciam à França.
O território da Flórida foi adquirido da Espanha em 1819. A região do Texas, que pertencia ao México, foi ocupada pelos estadunidenses para o plantio do algodão, gerando um incidente diplomático entre os países. Essa região foi anexada, em 1845, como estado da União, configurando, assim, um ato imperialista dos Estados Unidos.
Em 1846, a porção noroeste que pertencia à Inglaterra foi cedida aos Estados Unidos.
A expansão para o oeste em áreas que também pertenciam ao México intensificou-se após a descoberta do ouro na Califórnia, gerando guerra entre o México e os Estados Unidos. O México, derrotado no conflito, recebeu uma indenização de 10 milhões de dólares pela incorporação aos Estados Unidos dos atuais estados da Califórnia, de Nevada, do Novo México, de Utah e do Arizona (1853).
O Alasca foi comprado da Rússia por sete milhões de dólares em 1867.
A expansão interna teve como fundamento e legitimação o chamado Destino Manifesto. A doutrina do Destino Manifesto, segundo o historiador Héctor Bruit, foi inspirada no darwinismo social, de autoria do filósofo inglês H. Spencer. É a seleção natural no interior das relações sociais, isto é, a sobrevivência do mais capaz, do mais rico que engole pela competição os mais fracos. O fracasso é o sinônimo de inferioridade e, claro, o sucesso significa superioridade… O Destino Manifesto popularizou-se rapidamente, defendendo a expansão territorial americana como um processo ilimitado, que não deveria parar na Califórnia, mas dar a volta ao mundo.
Bibliografia: KOSHIBA, Luiz (et alii). Américas: uma introdução histórica. São Paulo: Atual, 1992.
Veja também:
- Geografia dos Estados Unidos
- Marcha para o Oeste
- Colonização Inglesa na América do Norte
- Independência dos Estados Unidos
- Guerra de Secessão
- Hegemonia dos EUA