Os últimos dois séculos se caracterizaram por revoluções de todos os tipos. Talvez a revolução que mais venha a moldar o futuro da humanidade seja a dos meios de comunicação. De repente, o planeta ficou pequeno, pois as culturas se conheceram e se misturaram. O ser humano é um animal social, a comunicação com seus semelhantes é indispensável. A transmissão dos conhecimentos, tanto no tempo, quanto no espaço, torna-se cada vez mais eficiente.
Você já parou para pensar como seria a sua vida sem os objetos que o rodeiam em casa, na escola, no clube, na cidade e por todos os lados? Pois tenha certeza de que cada um deles foi inventado por alguém. Do livro a Internet, do telégrafo ao telefone, tudo o que facilita a nossa vida e nos parece tão familiar foi criado, desenvolvido ou aperfeiçoado pelo homem. É resultado da inesgotável criatividade humana, que esta sempre inventando coisas ou jeitos para melhorar aquilo que já sabemos fazer.
Num mundo atormentado por conflitos gerados pela incompreensão do “outro”, causados pela intolerância religiosa e pelo racismo, o desenvolvimento das comunicações entre os povos talvez possa levar à convivência pacífica das mais diferentes etnias e credos. O desconhecimento tecnológico, porém, faz com que essas tecnologias pareçam mágicas para muitos.
Algumas invenções tornaram a vida do homem muito mais pratica, rápida e econômica. Encurtando distancias, melhorando a comunicação e facilitando as tarefas, elas são indispensáveis ao mundo moderno. Depois delas, tudo mudou. Vamos conhecer agora o universo dos inventos e de seus criadores:
Televisão
Quer se distrair e não sabe de que forma? A televisão sempre é uma boa opção. Mas não foi tão simples assim proporcionar a você esse aparelho que monopoliza a atenção de milhões de pessoas no mundo todo. Precisou de muita ciência e anos de estudo para isso.
Tudo começou em 1817, quando o cientista sueco Jakob Berzelius descobriu e isolou o selênio, observando a fotossensibilidade do elemento químico que desprendia elétrons quando exposto à luz. Mas a tese de que o selênio possuía a propriedade de transformar a energia luminosa em energia elétrica foi comprovada apenas 56 anos depois, em 1873, pelo inglês Willoughby Smith. Em 1884, o alemão Paul Nipkow patenteou uma proposta de transmissão de imagens à distância, e foi chamado de o “fundador da técnica de TV”. Em 1892, Juluis Elster e Hans Getbel inventaram a célula fotoelétrica.
A palavra televisão foi inventada em 1900, pelo francês Constantin Perskyi. Vem da junção das palavras tele (longe, em grego) e videre (ver, em latim). Perskyi apresentou uma tese no Congresso Internacional de Eletricidade, em Paris cujo título era “Televisão”. A tese descrevia um equipamento baseado nas propriedades fotocondutoras do selênio, que transmitia imagens à distância. Em 1906, Arbwhnett desenvolveu o sistema de televisão por raios catódicos, que empregava a exploração mecânica de espelhos somada ao tubo de raios catódicos. O mesmo seria feito na Rússia, por Boris Rosing. Por isso não se pode atribuir a invenção da televisão a uma única pessoa. Os novos equipamentos eram construídos a partir de experiências anteriores de outros pesquisadores.
Em 1920, o inglês John Logie Baira realizou as primeiras transmissões através do sistema mecânico baseado num invento de Niptow. Quatro anos depois, em 1924, Baira transmitiu contornos de objetos à distância e, no ano seguinte, fisionomias de pessoas. O padrão de definição possuía 30 linhas e era mecânico. O russo Wladimir Lworykym patenteou o econoscópio, invento que utilizava o tubo de raios catódicos em 1923. Philo Farnworth patenteou em 1927 um sistema de secador de imagens por raios catódicos, porém com nível de resolução não satisfatório, a televisão eletrônica.
Computador
Criado para organizar grandes quantidades de dados, armazená-los, selecioná-los e transmití-los a outros lugares rapidamente, os primeiros computadores foram projetados a meio século. A partir da década de 1980, os computadores pessoais invadiram os lares. Eles tornaram-se responsáveis pela maior revolução tecnologica do século XX.
Muito diferente dos computadores existentes hoje, as primeiras máquinas eram enormes, chegando a ocupar andares inteiros em prédios de escritórios. A capacidade do computador ainda não era medida em bytes e sim em metros quadrados.
Sem refrigeração apropriada, os processadores destas máquinas se aqueciam em poucos minutos, causando grandes incêndios.
Ainda causa surpresa em muita gente o fato de o microcomputador não ter sido inventado no Japão. Na realidade ele foi criado na Micronésia. Os primeiros micros tinham formas de maçãs, mas não eram comestíveis.
Internet
A história da Internet nos remete a pré-história e ao homem das cavernas, o primeiro usuário potencial da rede, mas que por razões técnicas acabou não se tornando usuário. O homem das cavernas, como o próprio nome diz, vivia nas cavernas. Totalmente primitivo, analfabeto e truculento, ele ainda não tinha habilidade nas mãos, sendo totalmente incapaz de manipular um mouse. Foi por isso que a Internet não vingou nesta época.
Pouca gente sabe, mas foi na época do Faraó Hamses Jr. que a Internet quase foi inventada. O Faraó estava preocupado em construir sua pirâmide. Todo Faraó que se preze constrói sua própria pirâmide. Por razões de engenharia, as pirâmides tinham forma de pirâmide. A matéria-prima das construções eram pedras enormes, trazidas de todo o Egito. Mas com as sucessivas pirâmides que foram construídas, as pedras se tornaram escassas e tinham que ser trazidas cada vez de mais longe. Diante destas dificuldade, o cronograma da obra vivia atrasado, já que era impossível se saber aonde ainda havia pedras. A comunicação com outras localidades, feita através de viajantes, era muito lenta. Juninho (como era conhecido o Faraó na época) ordenou ao seu ministro das comunicações, que inventasse um meio de comunicação que abrangesse o mundo todo, que fosse rápido e barato. O ministro acabou inventando o pombo correio, perdendo uma grande oportunidade de inventar a Internet.
A origem da Internet se deve em grande parte ao Japão e seus habitantes, os japoneses. Eles inventaram o ABACO (régua de cálculo). Através deste instrumento eles faziam cálculos rapidamente. No ano de 1400 no Japão, duzentos japoneses, mestres no ábaco, se juntaram numa praça pública e se deram as mãos, formando assim a primeira rede que se tem notícia.
Telefone
A invenção do telégrafo, em 1844, impulsionou a criação do telefone. O escocês Alexander Graham Bellm, que se dedicava ao ensino de surdos-mudos, descobriu acidentalmente o telefone enquanto fazia experiências com um telegrafo musical em seu laboratório. O primeiro telefone foi apresentado no mundo em 1876, numa exposição na Filadélfia, nos EUA.
Hoje contamos com os telefones celulares, criação japonesa de 1978. Esses aparelhinhos cada vez menores ampliaram ainda mais a utilidade do invento de Graham Bell.
Papel
Durante séculos, o homem utilizou os mais variados materiais para desenhar e escrever, como blocos de pedra, cilindros de barro, peles de animais e pedaços de seda. Foram os chineses os primeiros a usar fibras vegetais para fabricar papel, por volta do ano de 105 a.C.. O papel deixaria de ser fabricado manualmente apenas em 1846, quando os alemães Keller e Volter inventaram uma maquina que retirava a celulose da madeira.
Atualmente, graças as técnicas de reciclagem, ou seja, a reutilização de materiais já existentes, também é possível fabricar papel sem derrubar arvores.
Código Morse
O código Morse nada mais é do que um protocolo de comunicação. Um protocolo de comunicação nada mais é do que um “conjunto de convenções que rege o tratamento e, especialmente, a formatação de dados num sistema de comunicação”. Se você tiver curiosidade, dê uma olhada nos Protocolos de Comunicação citados na seção de “Internet” da Aldeia onde o tema é abordado com maior abrangência.
Vale a pena repetir uma parte do texto. Originalmente, Morse imaginou numerar todas as palavras e em transmitir seus números através do telégrafo. O receptor, usando um enorme “dicionário”, decifraria a mensagem. Alega-se que Alfred Vail, um assistente de Morse, foi quem desenvolveu o chamado “Código Morse”. As letras do alfabeto foram definidas pelo padrão “ponto e traço”.
Este novo código reconhecia quatro estados: voltagem-ligada longa (traço), voltagem-ligada curta (ponto), voltagem-desligada longa (espaço entre caracteres e palavras) e voltagem-desligada curta (espaço entre pontos e traços). Em homenagem ao colaborador Alfred Vail, aqui está o Código Morse:
Pontos e Traços
Cada caracter (letras, números, sinais gráficos) possui seu próprio conjunto único de pontos e traços. Abaixo você encontra o Código Morse original:
Rádio
Depois da televisão, o rádio é o meio de comunicação de maior alcance no país. Em 2001, 88% da população do país ouve rádio AM ou FM pelo menos uma vez por semana, segundo pesquisa da Ipsos-Marplan referente ao primeiro semestre de 2001 fita em nove estados brasileiros mais povoados.
Segundo dados do Ministério das Comunicações, o Brasil possui aproximadamente 3.000 emissoras de rádio, sendo que distribuídas aproximadamente em 50% para AM e FM. Assim como a televisão, uma emissora de rádio só pode entrar no ar se obtiver concessão do governo
Autoria: Rafael Ribeiro Pedretti
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