Nos dias atuais é quase impossível de imaginar a nossa vida sem o uso da internet. Nela lemos noticias, livros, vemos vídeos, mantemos relações em redes sociais, dentre outras várias coisas. A internet, de fato, tem um espaço muito importante nas nossas vidas.
Através dela as informações ficaram mais acessíveis para a sociedade, assim como a cultura e a política de vários países do mundo. Em apenas um clique podemos obter uma relação das mais variadas informações sobre determinado tema, ou de uma determinada nação. Assim como, essa nação citada, a partir de um clique, poderá ter acesso a todo conteúdo referente a nós do Brasil.
E é justamente esse “caminhão” de informação que tem mobilizado algumas nações mundiais nos dias de hoje.
Foi através das Redes Sociais, em especialmente o Facebook e o Twitter, que a sociedade começou a se organizar, a se mobilizar, desempenhando um papel importantíssimo nos recentes movimentos contra a ditadura dos países árabes, conhecido como Primavera Árabe.
Isso vem acontecendo no Oriente Médio e no Norte da África desde dezembro de 2010 na Tunísia.
Esses protestos foram desencadeados pelo jovem Mohamed Bouazizi que ateou fogo no seu próprio corpo, como uma manifestação contra as autoridades locais que confiscaram os bens que ele usava para trabalhar e principalmente às condições precárias de vida no país, onde a população convivia com a falta de emprego e oportunidades para as gerações mais jovens, alto preço dos alimentos, além da representação política (uma ditadura) e a concentração de poder e riqueza está nas mãos de poucos.
Seu velório teve mais de 5 mil pessoas presentes e sua morte provocou uma série de manifestações pela Tunísia obrigando, Ben Ali que estava no poder desde 1987, a fugir para a Arábia Saudita
O Jovem, com toda certeza, não teria noção de que esse ato e a sua morte, fora o pontapé inicial de tais revoluções. A propagação deste movimento para todo Oriente Médio e Norte da África não teria sido o mesmo sem os recursos proporcionados pela internet. Pois se organizavam, comunicavam e sensibilizavam a população árabe e a comunidade internacional em face das tentativas de repressão e censura da internet por parte dos Estados.
Hoje o governo da Turquia, por exemplo, esta estudando uma legislação para limitar as redes sociais, visto que os protestos no Parque Gezi e na Praça Taksim, de Istambul, fora impulsionados por elas.
No Brasil isso também vem acontecendo. Desde o inicio do ano de 2013 vem acontecendo no país uma série de manifestações que vem levado milhares de pessoas, de diferentes cidades, às ruas.
Inicialmente o alvo dos protestos era a redução da tarifa de transporte publico de R$3,20 para R$3,00, objetivo que foi alcançado pelos manifestantes. Mas os movimentos não se encerraram. Pelo contrário. O que vemos é um desencadeamento de manifestações dos mais variados protestos e questões: a cura gay, projeto que permite psicólogos promover tratamentos com o objetivo de curar a homossexualidade; a PEC 37, projeto de emenda constitucional que visa impedir o Ministério Publico o ato de investigação (conhecido também como PEC da impunidade); o gasto com a copa do mundo; e a corrupção.
Nesse sentido, com tanta informação circulando na rede, fica difícil identificar os lideres desses movimentos, a sua intenção, a sua finalidade. E foi justamente por isso que a Agencia Brasileira de Inteligência (ABin) decidiu montar as pressas um plano de monitoramento à internet.
Por: Pedro Augusto Rezende Rodrigues
Veja também:
- Protestos contra o aumento do transporte público
- Primavera Árabe
- Ditadura Militar
- Gestor de mídias sociais