História

Macartismo

Ao longo dos anos 1940 e 1950 nos Estados Unidos, houve um verdadeiro caça às bruxas. No entanto, as bruxas eram na verdade os comunistas que lá estavam. Esse fenômeno foi denominado de macartismo.

Após a Segunda Guerra Mundial, a divisão do mundo entre comunistas e capitalistas ficou exacerbada. Esse duelo ideológico alcançou lugares inimagináveis com a Guerra Fria. Como os Estados Unidos era o maior representante do capitalismo, todos os comunistas que ali residiam passaram a ser amplamente perseguidos.

Tudo isso foi muito bem orquestrado pelo senador republicano Joseph Raymond McCarthy. Os seus discursos conjuntamente com os diversos projetos de lei foram referência para caçar e perseguir todos aqueles que tinham atitudes suspeitas. Isso quer dizer que qualquer cidadão americano poderia ser investigado para ver se ele possuía uma conduta comunista.

Essa ação na verdade foi considerada conduta antiamericana. Pois, para o senador, todos os cidadãos norte-americanos deviam ser por excelência exemplo de capitalista, para mostrar ao mundo que esse modelo econômico, na verdade, era muito bom.

Todas as atitudes suspeitas eram enquadradas nessa lei do antiamericanismo. O seu sucesso foi muito grande, levando os cidadãos a denunciarem outras pessoas que tinham atitudes suspeitas. Dizemos ainda que o anticomunismo transformou-se na personalidade de McCarthy sendo intitulado o seu nome para essa perseguição: macartismo.

Senador Joseph McCarthy
Joseph Raymond McCarthy

Período anterior ao Macartismo

No início do século XX, principalmente na década de 1930, os Estados Unidos já promoviam uma série de listas com nomes de intelectuais, escritores, cientistas e professores que tinham atitudes “suspeitas”. A perseguição ao comunismo fora apenas exacerbada com o macartismo.

É interessante notar que os jovens, professores e intelectuais norte-americanos conseguiam notar as dificuldades e injustiça promovida pelo capitalismo, no entanto, não corroboravam com a face do comunismo instalado pela União Soviética, visto que esta tinha atitudes imperialistas também.

Por isso as suas ideias eram repensar o comunismo, que, segundo esses intelectuais, não tinha sido implantado em nenhum lugar.

Então, quando vermos nos dias de hoje a denominação macartismo, esta faz referência à caça comunista em algum lugar do mundo. Geralmente, estamos falando dos Estados Unidos.

Essa prática surtiu muito efeito. Colocou em xeque a ideologia comunista nos Estados Unidos. Podemos ver que grandes intelectuais e professores foram exterminados e exilados do país.

É válido lembrar que muitos atores aderiram ao movimento comunista. Visto que eles não queriam mais guerra. O exemplo mais formidável sobre esse assunto é Charles Chaplin que pediu a paz através dos grandes meios de comunicação.

Os direitos individuais foram incessantemente violados. A falsa liberdade de expressão que se tinha até então era algo a ser pensado. A opinião pública começou a questionar determinadas atitudes provocando assim uma onda de protestos.

É válido lembrar que o jornalista Edward R. Murrow teve um papel fundamental nesse período. Ele começou a questionar publicamente as ações do senador. Com isso, a população começou a ficar ao seu lado, sendo que tais atitudes macartistas fossem totalmente desprezíveis para a população.

Assim, já na década de 1950, o macartismo atinge a sua decadência. O seu iniciador, Joseph McCarthy morre em 1957, totalmente desacreditado e sendo considerado uma vergonha para os americanos.

Há vários filmes, atualmente que retratam tal episódio, como por exemplo, Boa Noite e Boa Sorte dirigido por George Clooney.

É válido lembrar sempre que a história dos Estados Unidos é cheia de acontecimentos que envolvem uma série de fatos econômicos e políticos. Não devemos apenas olhar para os fatos, devemos buscar uma história completa buscando quais foram os fatos determinantes para aquele principal ocorresse. Por isso, a história passa a ser intrigante. Vemos com olhos de fora aquilo que rolava nos bastidores da política nacional americana.

Por: Claudio Armelin Melon

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