Que – função sintática
Dependendo de seu papel na oração, o que pode desempenhar diversas funções, por exemplo, assumirá o papel de sujeito se exercer essa função, assim como, pode ter função sintática de objeto direto, objeto indireto, complemento nominal etc.
Para identificar a função sintática assumida pelo que, é necessário que o substitua pelo termo antecedente a que ele se refere.
FUNÇÃO SINTÁTICA | EXEMPLOS |
Sujeito | As encomendas que estiverem dentro do padrão de qualidade serão despachadas. 1ª oração: As encomendas serão despachadas. 2ª oração: que estiverem dentro do padrão de qualidade. Antecedente: encomendas Substituindo: As encomendas estiverem dentro do padrão de qualidade. (Sujeito = as encomendas) |
Objeto direto | A pessoa que citei é dona da escola. 1ª oração: A pessoa é dona do estabelecimento. 2ª oração: que citei. Antecedente: pessoa Substituindo: Citei a pessoa. (Objeto direto = pessoa) |
Objeto indireto | Os livros de que preciso estão na última estante. 1ª oração: Os livros estão na última estante. 2ª oração: de que preciso. Antecedente: livros Substituindo: Preciso dos livros. (Objeto indireto: dos livros) |
Dica!
Os termos apresentados aqui são cobrados nas avaliações, geralmente por meio de textos literários ou de outros tipos. Normalmente se pede a função ou classificação de determinado vocábulo. No caso em questão, o mais comum é que seja dada uma sentença em que a palavra que apareça e em paralelo outro trecho com a mesma palavra e solicita-se que seja marcada a alternativa em que há relação com o trecho principal.
Que – função morfológica
Acompanhe a função morfológica que a partícula que assume quanto à classe gramatical que se encontra:
FUNÇÃO MORFOLÓGICA | EXEMPLOS |
Advérbio de intensidade | Que delícia esta lasanha! (quão) |
Conjunção aditiva | Corre que corre, mas não chega a lugar nenhum. (e) |
Conjunção adversativa | Outro fato, que não este, deve ser considerado. (mas) |
Conjunção causal | Vá depressa que está quase na hora de partirmos. (porque) |
Conjunção comparativa | Somos mais felizes que antes. |
Conjunção concessiva | Rico que fosse, não tinha pretendentes. (Embora fosse rico, não tinha pretendentes) |
Conjunção consecutiva | Dormi tanto que perdi o sono à noite. |
Conjunção explicativa | Continuemos estudando, que logo passaremos no vestibular. (porque) |
Conjunção final | Rezo que você melhore. (para que) |
Conjunção integrante | Digo que não retornarei. (Digo isso) |
Conjunção temporal | Assim que foi chamado, ele sorriu. (quando) |
Interjeição | Quê! Você vai se mudar? |
Partícula de realce | Quase que não conseguimos embarcar. |
Preposição | Temos que viajar nas férias. (de) |
Pronome adjetivo indefinido | Que coisa estranha, nunca me aconteceu isso. |
Pronome adjetivo interrogativo | Que ocorreu mesmo? |
Pronome relativo | O rapaz que te assaltou foi preso. |
Pronome substantivo indefinido | A torta era feita de quê mesmo? |
Substantivo | “Meu bem querer tem um quê de pecado…” (Djavan) |
É importante mencionar que as classificações morfológicas são estas e não mudam, portanto, analisar a função morfológica do que em cada contexto é o que o ajudará a determinar em quais das classificações citadas ele se encaixa.
Dica!
Os termos apresentados aqui são cobrados nas avaliações, geralmente por meio de textos literários ou de outros tipos. Normalmente se pede a função ou classificação de determinado vocábulo. No caso em questão, o mais comum é que seja dada uma sentença em que a palavra que apareça e em paralelo outro trecho com a mesma palavra e solicita-se que seja marcada a alternativa em que há relação com o trecho principal.
Por: Miriã Lira