Cada uma das diferentes espécies animais e vegetais ocupa uma área particular, ou seja, uma superfície, de extensão variável, na qual os indivíduos se encontram de forma espontânea.
Dessa maneira, é possível distinguir sete regiões biogeográficas na Terra: Neártica (América do Norte), Neotropical (Américas Central e do Sul), Antártica, Paleártica (Europa e Ásia), Oriental (Ásia meridional), Etiópica (África) e Australiana.
As áreas de distribuição geográfica
As áreas de distribuição geográfica dos seres vivos são classificadas, em função de sua extensão e sua configuração, em quatro tipos principais:
Uma área cosmopolita é a que cobre a maior parte da biosfera. Os animais e os vegetais relacionados com o ser humano, como as moscas, os ratos, os ácaros, muitos fungos e bactérias, são exemplos de organismos com esse tipo de área de distribuição.
Uma área circunterrestre estende-se ao redor do globo e está localizada entre limites de latitude específicos. Por exemplo, a área circumboreal, onde vivem os ursos polares; a área circuntemperada, onde se encontram o carvalho e o castanheiro; ou a área circuntropical, onde vivem as palmeiras.
Uma área disjunta caracteriza-se por estar fragmentada em duas ou mais partes, de tal forma que os indivíduos de uma parte não podem chegar à outra parte e vice-versa. Por exemplo, a família dos camelídeos apresenta-se distribuída por uma área disjunta: os gêneros Lama (lhama e guanaco) e Vicugna (vicunha e alpaca) estão localizados na América do Sul, ao passo que o gênero Cameius (camelo e dromedário) habita a África e a Ásia.
Uma área endêmica é a que está localizada em um território restrito. O endemismo está muitas vezes relacionado com uma barreira qualquer que, em determinado momento, acabou ocasionando o isolamento da fauna e da flora de uma região em relação às regiões vizinhas. Tais barreiras podem ter distintas origens: geográfica, como é caso das ilhas; ecológica, como nas glaciações; e genética, quando são determinadas por mutações.
Por: Paulo Magno da Costa Torres