Entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, existe um grupo que conseguiu alcançar uma posição intermediária quanto ao seu crescimento econômico e industrial: os semiperiféricos ou emergentes, como se refere a eles a ONU.
Os países emergentes estão ocupando posições com maior destaque no âmbito político-econômico mundial nos últimos anos, ampliando sua participação nas relações geopolíticas internacionais, principalmente após a crise econômico-financeira de 2008, nos Estados Unidos, e na União Europeia, em 2010/2011, quando os países desenvolvidos sofreram grandes impactos – queda do crescimento econômico e elevação do desemprego.
Em contrapartida, os emergentes cresceram economicamente, geraram empregos, ampliaram a renda da população, promoveram o incremento da classe média, ampliaram a inclusão social e digital e atraíram importantes quantias de capitais internacionais – financeiro e produtivo.
O que são?
Os emergentes são os chamados países semiperiféricos, apresentaram relativas melhorias sociais, econômicas, financeiras e comerciais nos últimos anos.
Importante ressaltar que esses países ainda não se livraram das características do subdesenvolvimento e a expectativa é de que não irão se livrar delas brevemente. Daí a necessidade de olhar para esse grupo de países como nações com melhores avaliações internas e externas do que o restante dos países subdesenvolvidos.
Quem são?
O grupo que melhor representou a força dos países emergentes nos últimos anos foi o BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em relação à Rússia, há controvérsias em considerá-la uma economia em transição para o desenvolvimento.
México, Indonésia, Coreia do Sul, Turquia, Nigéria, Chile, Colômbia, Tigres Asiáticos e Novos Tigres Asiáticos, também merecem destaque.
Características
A industrialização recente pela qual esses países passaram com a instalação maciça de transnacionais consolidou-os como economias emergentes, promovendo melhorias na infraestrutura (energia, transporte, telecomunicação) e na ampliação da população urbana e, consequentemente, do setor terciário na geração de riquezas e de emprego.
A mecanização do campo é outro ponto a ser ressaltado. Esses países foram inseridos na Nova DIT como exportadores de manufaturados, além das commodities.
O desenvolvimento social é um grande desafio para esses países, no tocante à melhoria na distribuição de renda e de terras, na erradicação da pobreza, no provimento de condições de vida satisfatórias para a população nas áreas urbanas, por exemplo.
Por: Wilson Teixeira Moutinho
Veja também:
- Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos
- Causas do Subdesenvolvimento
- Regionalização do Espaço Mundial
- País Populoso e País Povoado
- Teoria dos Mundos
- FMI, Bird e OMC