Geografia

Pressão atmosférica, massas de ar, precipitação e ventos

Listamos nesse artigo as diferenças entre pressão atmosférica e massas de ar com atuação destes sobre a precipitação e os ventos.

Pressão atmosférica

O mais importante para o entendimento da pressão atmosférica é o conhecimento nas variações que ela está sujeita sob o efeito de diversos fatores.

Basicamente quase todas a variáveis meteorológicas estão vinculadas a pressão atmosférica, e isso iremos acompanhando  a seguir.

De qualquer maneira deve-se ter em mente que a pressão média ao nível do mar situa-se em torno de 1013 Milibar(Mb) ou Hectopascal (hPa), essas são as unidades de medidas mais utilizadas hoje em dia no mundo. O instrumento utilizado para determinar a pressão atmosférica chama-se barômetro.

Diante disso quando temos uma pressão atmosférica superior a 1013 Mb ou hPa (alta pressão ou anticiclone) é por que o ar está mais pesado, descendo, consequentemente mais frio e seco e nos dá uma boa pista para dizermos que poderemos ter um tempo bom e/ou frio.

Se a pressão atmosférica estiver com valor abaixo de 1013 Mb ou hPa (baixa pressão ou ciclone) é porque o ar está mais  leve, se ele está mais leve, ele subirá, subindo leva o calor e umidade que se transformarão em nuvens e mais tarde em chuva, assim sendo o tempo poderá ser ruim e/ou quente.

Massas de ar

Uma massa de ar pode ser definida como sendo uma grande porção de ar, de grande espessura, que apresenta uma certa homogeneidade horizontal. Apresenta propriedades físicas quase uniformes ao mesmo nível, principalmente no que concerne à temperatura e umidade.

As massas de ar se formam sobre grandes áreas uniformes de terra ou de água, sobre as quais a circulação do vento se faz fracamente. Sob tais condições, o ar próximo à superfície vai, de modos graduais, adquirindo características uniformes que se aproximam daquelas da superfície, enquanto que o ar superior vai se ajustando às condições de temperatura e umidade da superfície. Os principais processos que permitem esse ajustamento são a radiação, a convecção vertical, a turbulência e o movimento horizontal (advecção).

As massas de ar são, eventualmente, carregadas na circulação geral para longe de suas regiões de origem, na direção de outras partes do mundo. Dessa forma, o ar tropical, quente e úmido, é transportado na direção norte, enquanto que ar polar, frio e seco se desloca para o sul. À medida que as massas de ar se deslocam, tendem a reter usas propriedades, principalmente em altitude. As camadas da superfície modificam-se, em função das superfícies sobre as quais se deslocam.

Quando duas massas de ar, de regiões de origem diferentes, se encontram, elas tendem a preservar suas identidades físicas, em vez de se misturarem livremente. Como consequência disso, elas criam “frentes” ou “descontinuidades”, ao longo da zona limítrofe. Quando uma frente cruza uma certa região, ocorre, nesta região, uma variação brusca nas propriedades do ar, devida à substituição de um ar pelo outro. É ao longo dessas frentes que ocorrem as principais variações do tempo. A distribuição de temperatura e umidade nas massas de ar exerce efeito de grande importância sobre o tempo.

Classificação das Massas de Ar:

Com referência à latitude de origem as massas de ar são divididas em quatro tipos: (A) árticas, (P) polares, (T) tropicais e (E) equatoriais. As diferenças entre os ares polar e ártico, e entre os ares tropical e equatorial são pequenas e de pouca significação.

Os tipos de massas de ar são subdivididos, com referência à natureza das superfícies sobre as quais elas se originam, em: continental (c) se massa de ar forma-se sobre a terra, e marítima (m) se a massa de ar origina-se sobre o mar.

Partindo-se das observações à superfícies pode-se classificar as massas de ar como: quentes (w) e frias (k), significando, respectivamente, serem mais quentes ou frias que a superfície com a qual estão mantendo contato.

Precipitação

O termo precipitação se refere a queda de umidade ao solo na forma de líquido (chuvisco, garoa, chuva)  ou de sólido (neve, granizo), mas a  forma mais comum entre nós é a chuva e também a mais importante para o desenvolvimento da vida.

Aqui também se faz presente a atuação da pressão atmosférica, pois se temos baixa pressão (calor) e umidade, o ar e umidade  subirão por evaporação, esse ar aquecido ao chegar ao alto irá se condensar e se transformar em nuvens e que mais tarde  poderão ser nuvens de chuva que precipitará.

A unidade mais utilizada para a chuva é o milímetro (mm) e isso quer dizer que um milímetro (mm) de chuva corresponde a um litro de água precipitada por metro quadrado de área do solo. Os instrumentos utilizados são o pluviômetro e o pluviógrafo.

Vento

O vento está intimamente associado as variações da pressão atmosférica, vejamos. Se o ar mais quente (baixa pressão) sobe, o ar mais frio (alta pressão) desce e  virá para ocupar o lugar do ar que subiu. A estes movimentos verticais se originam os movimentos horizontais e que  simplesmente  chamamos de vento.

Assim sendo, quanto maior for à diferença da pressão atmosférica para um determinado ponto mais intenso deverá ser o vento que atuará sobre este ponto.

As unidades mais usadas para a determinação da velocidade do vento são o quilômetro por hora, metro por segundo e nó, e a direção é dada pela rosa dos ventos (Norte, Sul, Leste e Oeste) ou em graus de 0 a 360. Os instrumentos utilizados são o anemômetro ou barógrafo.

Por: Ana Cláudia

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