Quando pensamos na História do Mundo, logo imaginamos algo que representa os grandes líderes, as histórias que envolvem as grandes guerras e batalhas. Ou então, alguma revolução que substancialmente mudou as formas de trabalho e da vida social das pessoas.
Por isso, nesse texto, falamos de um importante personagem da história mundial. Conhecido pela liderança de governo e militar e, também, por ser um bom estrategista. Nós vamos falar de Napoleão Bonaparte.
ORIGEM
Napoleão Bonaparte nasceu em 15 de agosto de 1769 em Córsega – região da França. Filho com ascendência da nobreza Itália, logo aos 15 anos matriculou-se na Escola Militar de Paris. Depois, aos 19 anos, o rapaz indisciplinada e desordeiro, forma-se em oficial de artilharia.
Quando inicia a Revolução Francesa, o segundo tenente do regimento de artilharia alia-se ao lado dos jacobinos. Após pouco tempo, Napoleão vai ser promovido para tenente-coronel para liderar e comandar um batalhão de voluntários.
A sua estratégia foi muito eficiente, sendo que fora reconhecido rapidamente e isso fez com que sua carreira explodisse rapidamente. Isso o tornou uma pessoa muito respeitável em seu meio.
A motivação que ele dava aos seus comandados era enorme. Essa sua atuação fez com que o seu exército se tornasse um dos mais fortes da Europa.
Quando a liderança de Robespierre cai, Napoleão Bonaparte também é detido sob acusação de ser um jacobino revolucionário. No entanto, após os agentes perceberem o seu excelente nível técnico, ele foi convidado para algumas investidas contra alguns países.
EXPEDIÇÕES
As suas investidas na Itália foram muito vitoriosas. Ele trouxe aos franceses o espírito vencedor que até então não se tinha. As suas ações insistiam na derrota militar do adversário e já que a França estava vivendo um período de crise, ele possibilitava que os seus comandados pudessem saquear e roubar todos os lugares que passavam.
Essa estratégia motivou ainda mais o seu exército. Isso fez com que ele se tornasse um dos comandantes mais bem-sucedidos da Europa. Além disso, sua juventude e capacidade impressionavam as autoridades francesas da época. Tudo conspirava para uma comoção nacional de que Napoleão Bonaparte era o francês ideal para dirigir o país.
Após as sucessivas vitórias na Itália, Napoleão liderou uma campanha no Egito a fim de tirar as tropas inglesas do caminho que levava até as Índias Orientais.
Sua “excursão” até o país africano constituiu em alguns avanços científicos. Pois ele levou consigo alguns cientistas importantes da época, como: o astrônomo Laplace, o químico Bertholet, o físico Monge e o arqueólogo Denon.
Uma das descobertas mais importantes foi a da pedra de Rosetta. Nesse pedaço de basalto negro, havia escritos em três línguas diferentes: hieroglífica, demótica e grega. Esta que datava de 196 A.C.
Tal artefato possibilitou que os franceses conseguissem desvendar a escrita hieroglífica, visto que já se tinha conhecimento da grega e também da demótica.
Essas expedições bem sucedidas de Napoleão, conjuntamente com o clima de insatisfação e medo na França tudo por causa da radicalidade dos jacobinos e dos ideais monarquistas, possibilitaram que a população visse em Napoleão, certo “porto seguro”.
ERA NAPOLEÔNICA
A Era Napoleônica é dividia em três fases: Consulado (1799-1804); Império (1804-1815); Governo dos Cem Dias (1815).
CONSULADO (1799-1804)
Tendo o apoio dos Girondinos, Napoleão Bonaparte, derruba o governo do diretório e inicia a primeira fase de seu governo. As suas características eram o republicanismo, o poder centralizado e dominado por militares.
A alta burguesia estava no centro do poder, sendo que esta era a classe dirigente em apoio a Napoleão Bonaparte.
IMPÉRIO (1804-1815)
Sua aprovação política fez com que Napoleão fosse coroado Imperador. Em 1804, após aprovação em um plebiscito, os franceses aprovam o poder monárquico sendo Napoleão o seu líder.
Os avanços por toda a Europa tomaram conta do seu governo. Submeteu muitos países ao seu comando. Tudo numa visão despótica e altamente militar.
Exerceu um forte bloqueio continental contra os ingleses, tudo a fim de ruir a economia britânica, seu adversário favorito.
Promoveu a fuga da família real para o Brasil. Numa atitude astuta, o Rei. D. João VI veio para a sua colônia com medo de ser morto ou submetido aos comandos dos franceses.
O início da derrota se dá com a perda de algumas batalhas para os russos. Com a estratégia de queimar os locais de batalhas, os defensores – russos – conseguiram inibir a ofensiva francesa. Fazendo com que Napoleão saísse derrotado.
As batalhas contra o seu domínio são reerguidas novamente. Com isso, Napoleão Bonaparte é obrigado a abdicar do trono e se exilar.
Após algum tempo, Napoleão volta para a França, e retoma o poder. Denominando assim: Governo dos Cem Dias.
GOVERNO DOS CEM DIAS (1814)
Dessa vez, Napoleão promove uma constituição baseada no liberalismo. Isso gera a ira dos republicanos. No entanto, a sua campanha em Warteloo é desastrosa e ele sai derrotado, sendo obrigado a abdicar do poder mais uma vez. Tendo fim então, a era napoleônica.
O resto da sua vida foi passado na Ilha de Santa Helena, na costa da África. Conjuntamente com alguns seguidores ele habitou até a sua morte em 5 de maio de 1821 aos 51 anos.
Por: Cláudio Armelin Melon
Veja também:
- Império Napoleônico
- Congresso de Viena
- Queda da Bastilha e o fim do regime absolutista
- Revoluções Liberais de 1830 e 1848
- Monarquia Nacional Francesa