Dos planetas interiores do Sistema Solar, somente Marte e a Terra têm satélites. Marte tem dois e a Terra apenas um: a Lua, que é, sem dúvida, o astro mais observado do firmamento.
Características
Nosso satélite natural apresenta rotação ao redor da Terra e, juntamente com ela, faz o movimento de translação ao redor do Sol. O tipo de órbita realizado pela Lua faz com ela tenha sempre a mesma face (lado) voltada para Terra.
O tempo que a Lua leva para percorrer a órbita em torno da Terra é de, aproximadamente, 29 dias e meio, o que representa o mês lunar, durante o qual se observam as principais fases: cheia, minguante, nova e crescente.
A Lua permaneceu ativa até 2 bilhões de anos atrás, com erupções vulcânicas e lava cobrindo suas crateras. Além disso, o material que constitui o satélite é semelhante ao encontrado na superfície terrestre.
A gravidade da Lua em si corresponde a um sexto da gravidade terrestre. A força de gravidade entre o planeta Terra e a Lua é responsável pelas marés.
O satélite natural da Terra realiza pequenos “puxões” no campo gravitacional terrestre que não afetam as partes sólidas, mas que exercem influência nas águas, criando as subidas e descidas.
Exploração lunar
Temos muitos dados sobre nosso satélite, já que tem sido, sem dúvida, o astro mais estudado desde épocas muito remotas. Mas, quando se fala de exploração lunar, qualquer dado anterior, por mais importante que seja, é eclipsado pelo êxito da chegada dos astronautas à Lua.
A primeira missão que alunissou com sucesso, e a mais conhecida, foi a da Apolo 11, mas houve outras cinco alunissagens. Os astronautas recolheram inumeráveis dados sobre nosso satélite: entre eles, as rochas lunares, evidências de que a Terra e seu satélite são astros muito parecidos, pelo menos em sua origem.
As missões Apolo, somadas às da Lua (soviéticas), trouxeram à Terra 382 kg de rochas lunares. Assim, pudemos estimar sua idade (entre 3 e 4,6 bilhões de anos) e analisar sua composição. Ainda hoje, os cientistas continuam estudando essas valiosas amostras de nosso satélite.
As fases da Lua
A Lua não emite luz própria, mas reflete para a Terra a luz que recebe do Sol.
Dependendo de sua posição em relação à Terra e ao Sol, a metade da Lua voltada para a Terra pode ser vista no céu, ora totalmente iluminada, ora parcialmente ou, ainda não ser vista.
Na Lua Nova, a metade voltada para a Terra não recebe luz, sendo assim, o satélite não é visto no céu. À medida que a Lua gira ao redor da Terra, essa metade vai recebendo luz solar e tornando-se cada vez mais iluminada, como se estivesse crescendo, chegando à fase de Quarto Crescente.
Continuando seu movimento ao redor da Terra, a Lua recebe mais luz e a parte iluminada vai aumentando ainda mais, até que toda metade voltada para a Terra fique totalmente iluminada. Essa é a fase de Lua Cheia.
Depois dessa fase, durante seu movimento, a Lua ocupará posições em que a sua parte iluminada irá diminuindo, ou seja, minguando, chegando à fase de Quarto Minguante e, após alguns dias, surge a Lua Nova. O fenômeno se repete nos próximos 29 dias e meio, reiniciando o ciclo.
Os eclipses
A palavra eclipse significa obscurecimento de um corpo celeste por outro. Eclipses são fenômenos raros, que dependem das posições relativas que a Terra e seu satélite assumem em relação ao Sol em determinadas ocasiões.
O eclipse solar ocorre devido a um alinhamento, onde a Lua se situa exatamente entre Sol e Terra e obscurece a luz do Sol. Nesse momento, a sombra da Lua é projetada sobre certa região da Terra. É como se durante o dia, de repente, a noite chegasse e por alguns minutos fosse possível ver as estrelas.
Durante o eclipse do Sol, a Lua recobre completamente o Sol. Quando isso ocorre, o céu, por pouco tempo, escurece, sendo possível observar as estrelas.
O eclipse lunar ocorre devido a um alinhamento em que a Terra passa entre o Sol e a Lua. A sombra da Terra é projetada sobre a Lua e, por isso, ela não reflete luz.
Por: Paulo Magno da Costa Torres