Uma alimentação equilibrada é aquela que incorpora uma quantidade adequada de todos os nutrientes necessários encontrados em cada um dos alimentos ingeridos.
Em 1536, o explorador francês Cartier se encontrava no Canadá em uma missão geográfica. No inverno, 110 soldados que o acompanhavam ficaram doentes e apresentavam sangramento nas gengivas, queda de dentes e dificuldade para cicatrizar as feridas. Eram os sintomas do escorbuto, uma enfermidade que pode se tornar perigosa. Seguindo os conselhos dos índios da região, que conheciam os sintomas dessa enfermidade e sua solução, começaram a beber a água que ficava estagnada nas pontas dos pinheiros. Desse modo, eles se curaram.
Qual era o problema? Na alimentação dos soldados, faltava um nutriente importante, a vitamina C, que está presente nas frutas e nas hortaliças. Possivelmente aqueles soldados recebiam uma quantidade adequada de proteínas ou de açúcar, porém a dieta não era completa. Faltavam alguns nutrientes básicos e por isso ocorria a enfermidade, que desapareceu quando descobriram a deficiência.
A quantidade adequada de alimentos que se deve ingerir diariamente é aquela que equilibra exatamente a energia de que se necessita nesse dia, nem mais nem menos. Desse modo, o que se come compensará o gasto energético (metabolismo das células + energia consumida na atividade diária).
Segundo a legislação vigente no país, outro recurso que pode ajudar a controlar melhor a alimentação é a pirâmide alimentar, “um instrumento, sob a forma gráfica, de orientação da população para uma alimentação mais saudável”.
A pirâmide constitui um guia para uma alimentação saudável, em que se podem escolher os alimentos a consumir, pelos quais se podem obter todos os nutrientes necessários e, ao mesmo tempo, a quantidade certa de calorias para manter um peso saudável.
A pirâmide possui 4 níveis com 8 grandes grupos de produtos, de acordo com a sua participação relativa no total de calorias de uma dieta saudável.
Os alimentos dispostos na base da pirâmide têm uma participação maior no total de calorias da alimentação. São os carboidratos, que encontramos nos cereais, nos pães, nas raízes e nos tubérculos.
O segundo nível reúne grupos de alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras, que regulam as funções do organismo.
No terceiro nível, estão os alimentos ricos em proteínas, que são elementos estruturais do organismo.
Os alimentos dispostos no topo da pirâmide, o quarto nível, são os que devem contribuir com a menor parte das calorias de toda a alimentação, pois são extremamente calóricos.
Em qualquer caso, a alimentação deve ser variada, não só porque se assegura a entrada de todos os nutrientes no organismo, mas também porque, desse modo, alimentar-se será mais agradável.
As moléculas orgânicas são obtidas da quebra molecular dos alimentos e, então, são absorvidas e distribuídas para as células do organismo, colocando em funcionamento os processos metabólicos (reações químicas que ocorrem nas células).
Dessa forma, as funções vitais são mantidas e o desenvolvimento de nossas atividades cotidianas pode ser cumprido.
Como ter uma dieta equilibrada
A dieta refere-se à quantidade e ao tipo de alimentos utilizados num período de tempo. Uma dieta equilibrada é aquela capaz de proporcionar as quantidades necessárias de nutrientes energéticos (glicídios e lipídios), estruturais (proteínas) e reguladores (vitaminas e sais minerais), evitando desequilíbrio e excessos nocivos.
A espécie humana tem um regime alimentar onívoro (seres que se alimentam de animais e vegetais), podendo constituir sua dieta de uma ampla variedade de tipos de alimentos e, para isso, dispõe de um aparelho digestório equipado. Outros animais têm dieta mais restrita, como os herbívoros e os carnívoros.
Por: Wilson Teixeira Moutinho
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