16.000.000 a.c. – 500.000 a.c.
“A origem do homem (15 milhões-10 milhões a.C.)”
“Machadinha de pedra (c. 2 milhões-1 milhão a.C.)”
“Atapuerca (780.000 a.C.)”
Atapuerca é um complexo arqueológico espanhol próximo da cidade de Burgos que apresenta os mais antigos fósseis humanos da Europa (anteriores a 800 mil anos) e uma coleção paleoantropológica. É considerado essencial para o estudo e o conhecimento das populações europeias do paleolítico inferior. Os sítios arqueológicos que se localizam em diferentes pontos de um moldado lavrado em calcáreo do período cretáceo, acolhem uma mistura confusa de sedimentos pleistocênicos. O documento estelar é Trincheira Dolorosa 6, o ‘estrato Aurora’, por apresentar uma fauna representativa do final do pleistoceno inferior, sendo a espécie Mimomys savini a principal protagonista, por estar associada a um conjunto de ferramentas líticas talhadas, não muito relevante ao se reduzir a superfície escavada a 6 m2, e podendo ser qualificado como pré-achelense e, em particular, pelo sensacional descobrimento de 36 restos humanos, que correspondem no mínimo a quatro indivíduos e que passam a ser, dada sua anterioridade ao episódio da inversão magnética de Matuyama-Bruhnes (por volta de 780.000 anos), os ossos humanos mais antigos descobertos no continente europeu.
“Fogo (c. 500.000 a.C.)”
500.000 a.C. – 7.000 a.C.
“Mamute lanudo (30.000 a.C.)”
Mamute é o nome comum a diversas espécies de mamíferos extintos que pertenciam à família dos elefantes. Tinham uns dentes agudos e fortes curvados e tão longos que alcançavam uma distância de mais de 3 metros. Eram cobertos por um pelo espesso e longo, com uma camada inferior de lã muito densa. Classificação científica: gênero Mammuthus, ordem Proboscídeos, família Elefantídeos.
“O homem na América (30.000 a.C.)”
“Gruta de Lascaux (28.000 a.C.)”
Lascaux é uma caverna localizada no vale de Vézère, próxima de Montignac, no departamento de Dordogne (sudoeste da França), cujas paredes e tetos apresentam alguns dos mais importantes exemplos de pintura e gravuras da arte paleolítica descobertos até hoje. Em tons amarelos, vermelhos, pardos e negros, estão representados diversos animais como bisontes, cavalos e cervos com motivos geométricos.
“Gruta de Altamira (14.000 a.C.)”
Gruta de Altamira, caverna pré-histórica situada em Santillana del Mar (Cantabria, Espanha), onde está documentada uma cena de caça do paleolítico superior. Foi descoberta por um habitante de Santander, Marcelino Sanz, em 1876. As evidências mais espetaculares da atividade humana na caverna correspondem à arte parietal, tornando-se uma das mais destacadas manifestações da arte paleolítica dos períodos solutrense e magdalenense, datados entre 21 e 17 mil anos. O conjunto mais importante é o da sala dos polícromos, onde estão representados animais polícromos (bícromos na realidade) tratados de forma naturalista. Os búfalos se destacam em primeiro plano, e em segundo cavalos e alguns cervos, além de outros signos esquemáticos. No restante da caverna, gravuras e pinturas aparecem sistematicamente isoladas (exceto num estreito corredor conhecido como Rabo do cavalo). Junto com os animais, que englobam metade das quase trezentas figuras identificadas, está documentado um segundo grupo formado por signos. A gruta de Altamira forma parte da “província cantábrica” que, junto com as da Dordogne e Ariège, reúnem a maior concentração da arte parietal paleolítica do continente.
“Cachorros (8500 a.C.)”
“Domesticação de animais (8000 a.C.)”
“Jericó (7500 a.C.)”
Jericó (arqueologia), sítio arqueológico, situado ao norte do mar Morto na Cisjordânia, onde foram encontradas diferentes colinas. As escavações mais antigas foram realizadas, em Tell Al-Sultan, por Kathleen Kenyon, em 1952. Com terras férteis e uma primavera constante, foi local de ocupação permanente entre 9000 a.C. até 1500 a.C.
3.500 a.C. – 3.000 a.C.
“Invenção da Roda (c. 3500-3000 a.C.)”
Roda, disco circular projetado para girar sobre um eixo que passa pelo seu centro. A invenção da roda, entre 3500 a.C. e 3000 a.C, representou um marco importante no progresso da civilização. A roda se converteu em um sistema mecânico insubstituível para controlar o fluxo e a direção da força. As aplicações da roda na vida e na tecnologia modernas são quase infinitas.
“Mesopotâmia: civilização suméria (c. 3500-c. 1800 a.C.)”
“Nascimento das civilizações (c. 3500 a.C.)”
“Sistema numérico egípcio (3400 a.C.)”
“Egito: Império Antigo (c. 3100-2258 a.C.)”
“Escrita cuneiforme (c. 3000 a.C.)”
Escrita Cuneiforme (do latim cuneum, ‘cunha’), termo que se aplica aos signos que têm esta forma, gravados em pequenas tabuletas de argila, fazendo parte também de inscrições sobre metais, pedras, estelas e outros materiais. Os textos mais antigos têm 5.000 anos e os mais modernos remontam ao século I d.C. Acredita-se que a escrita cuneiforme, cuja origem provém do sul da Mesopotâmia, foi inventada pelos sumerianos. Posteriormente, foi adaptada para a escrita acádia. O emprego da escrita acádia difundiu-se pela Ásia Menor, Síria, Pérsia e foi utilizada nos documentos diplomáticos do Império egípcio. As primeiras inscrições estavam constituídas por pictogramas. Inventou-se um punção afiado para realizar as inscrições e, pouco a pouco, os traços dos pictogramas foram convertidos nos esquemas dos caracteres cuneiformes. O sistema possui mais de 600 signos. As escavações realizadas de 1928 a 1931 em Uruk — hoje, Warka, Iraque —, proporcionaram os mais antigos exemplos conhecidos. A transcrição da escrita cuneiforme contribuiu para o conhecimento que, hoje, se possui sobre a Assíria, a Babilônia e o antigo Oriente Médio. O Código de Hamurabi, com seus caracteres cuneiformes, é um dos documentos mais importantes que chegaram a nossos dias.
“Creta: civilizacão minoica (c. 3000-c. 1000 a.C.)”
Civilização Minoica, civilização da Idade do Bronze que se desenvolveu na ilha de Creta, antes da chegada dos gregos. É uma das três principais culturas do Egeu, sendo as outras a cicládica, que se desenvolveu nas ilhas Cíclades, e a micênica, que se estendeu pelo continente grego ao final do período heládico. Alcançou seu apogeu no II milênio a.C., principalmente, em Cnossos, Festos e Mallia (ou Mália). O arqueólogo britânico Arthur John Evans descobriu, em 1900, o palácio de Cnossos e deu o nome minoica a essa civilização em homenagem ao legendário rei Minos. Os reis de Cnossos alcançaram seu maior poder por volta de 1600 a.C., quando controlavam toda a zona do mar Egeu e comerciavam com o Egito.
3.000 a.C. – 2.500 a.C.
“Papiro (c. 2800 a.C.)”
Papiro, nome comum de certa planta que alcança entre 1 e 3 m de altura. Cresce no Egito, na Etiópia, no vale do Rio Jordão e na Sicília. Na Antiguidade, seus caules eram usados na elaboração de um suporte para escrita de consistência semelhante à do papel.
Classificação científica: Família das Ciperáceas; é a espécie Cyperus papyrus.
“Pirâmides egípcias (c. 2680-2565 a.C.)”
Pirâmides, edifícios sólidos de base poligonal, cujos lados convergentes formam um vértice. Foram construídas por algumas civilizações antigas, especialmente no antigo Egito e na América pré-colombiana. As egípcias eram formadas por uma pirâmide reta e de base quadrada, enquanto que as americanas são estruturas poliédricas compostas por patamares ou degraus que conduzem a um topo plano.
“Índia: civilização do vale do Indo (c. 2500-c.1500 a.C.)”
Civilização do vale do Indo (c. 2500-1700 a.C.), primeira civilização conhecida no sul da Ásia, corresponde às culturas da Idade do Bronze do antigo Egito, Mesopotâmia e Creta. Foram encontrados vestígios dessa cultura por todo o vale do rio Indo no Paquistão, ao longo da fronteira com o Irã pelo oeste, nos estados do noroeste da Índia até Nova Delhi pelo oeste, e no rio Oxus (atual Amu Darya) no norte do Afeganistão. De todas as culturas da Idade do Bronze, a civilização do vale do Indo é a que abrange uma das zonas geográficas mais extensas.
“Gatos (c. 2500 a.C.)”
2.500 a.C. – 2.000 a.C.
“Egito: Império Médio (2134-1668 a.C.)”
“Poema de Gilgamesh (c. 2000 a.C.)”
Gilgamesh, importante obra literária suméria, escrita em caracteres cuneiformes sobre doze tablilhas ou pedras grandes de argila em torno de 2000 a.C. Este poema heroico recebe o nome de seu herói, Gilgamesh, um despótico rei da Babilônia que governou a cidade de Uruk (atual Warka, no Iraque).
“Melancia (2000 a.C.)”
“Sorvete (c. 2000 a.C.)”
“Grécia: civilização micênica (c. 2000-1100 a.C.)”
Micenas, antiga cidade na planície da Argólia, na Grécia denominou a cultura que se desenvolveu no continente grego durante a Idade do Bronze. Outros centros importantes da cultura micênica foram Tirinto e Pilos. Homero chamou aqueus aos micênicos na Iliada e na Odisseia, que possivelmente se identificaram com os povos indo-europeus que chegaram à Grécia por volta do ano 2000 a.C.
“Ásia Menor: império hitita (c. 2000-1200 a.C.)”
Hititas (em hebreu, Hittim), antigo povo da Ásia Menor e Oriente Médio, que habitou a terra de Hatti no planalto central, atual Anatólia (Turquia) e algumas regiões do norte da Síria. Os hititas, cuja origem é desconhecida, falavam uma das línguas indo-europeias. Invadiram a região, que começou a ser conhecida como Hatti por volta de 1900 a.C., e impuseram seu idioma, cultura e domínio sobre os habitantes originais, que falavam uma língua consolidada que não pertencia ao tronco indo-europeu.
A primeira cidade fundada pelos hititas foi Nesa, próxima à atual Kayseri, na Turquia. Pouco depois de 1800 a.C. conquistaram a cidade de Hattusa, perto da moderna Bogazköy. A história hitita é conhecida, apenas, até o século XVII a.C., quando o líder Labarna (que reinou aproximadamente de 1680-1650 a.C.), ou Tabarna, fundou o denominado Antigo Reino Hitita, tornando Hattusa capital. Labarna conquistou praticamente toda a Anatólia central e estendeu seus domínios até o mar Mediterrâneo. Seus sucessores expandiram as conquistas hititas até o norte da Síria. Mursilis I (que reinou aproximadamente de 1620-1590 a.C.) conquistou o que atualmente é Alepo, na Síria, e destruiu a Babilônia por volta de 1595 a.C. Depois do assassinato de Mursilis houve um período de lutas internas e ameaças externas que terminaram durante o reinado de Telipinus I (que reinou aproximadamente de 1525-1500 a.C.).
Para assegurar a estabilidade do reino, o monarca promulgou uma estrita lei de sucessão e adotou medidas contundentes para suprimir a violência. O rei hitita atuava como sumo sacerdote, chefe militar e juiz principal da terra. O reino era administrado por governantes provinciais que eram substitutos do rei. Os êxitos mais relevantes da civilização hitita se encontram no campo da legislação e da administração da justiça. Os códigos civis dos hititas revelam uma grande influência babilônica, embora seu sistema judicial seja muito mais severo do que o dos babilônios.
A economia hitita estava baseada na agricultura e suas técnicas metalúrgicas eram avançadas para a época; provavelmente foi o primeiro povo a utilizar o ferro. Os hititas veneravam numerosas divindades locais. A mitologia hitita, assim como a religião, supõe uma combinação de elementos que refletem a diversidade de cultos dentro do reino. São de especial interesse alguns poemas épicos que contêm mitos, originalmente hurritas, com motivos babilônicos.
Os estudiosos encontraram influência suméria, babilônica, assíria, hurrita, luvita e outras estrangeiras no panteão hitita. A arte e a arquitetura dos hititas foram influenciadas por praticamente todas as culturas contemporâneas do antigo Oriente Médio e, acima de todas, pela cultura babilônica. Apesar disso, os hititas alcançaram certa independência de estilo que torna sua arte distinta. Os materiais de seus edifícios normalmente eram a pedra e o tijolo, embora também usassem colunas de madeira. Os numerosos palácios, templos e fortificações foram com frequência decorados com relevos estilizados e intrincados, talhados nos muros, portas e entradas.
“Dinastia Hia (c. 2000 a.C.)”
“Mesopotâmia: Império Babilônico (c. 2000-1531 a.C.)”
Babilônia (império) (em babilônio: Bâbili, “porta de Deus” persa antigo, abirush), antigo reino da Mesopotâmia, conhecido originalmente como Sumer e depois como Sumer e Acad, entre os rios Tigre e Eufrates, ao sul da atual Bagdá, Iraque. A civilização babilônica, que existiu do século XVIII ao VI a.C., era, como a suméria que a precedeu, de caráter urbano, embora baseada mais na agricultura do que na indústria.
O país era constituído por 12 cidades, cercadas de povoados e aldeias. No alto da estrutura política estava o rei, monarca absoluto que exercia o poder legislativo, judicial e executivo. Abaixo dele havia um grupo de governadores e administradores selecionados. Os prefeitos e conselhos de anciãos da cidade eram encarregados da administração local.
Os babilônios modificaram e transformaram sua herança suméria para adequá-la a sua própria cultura e maneira de ser e influenciaram os países vizinhos, especialmente o reino da Assíria, que adotou praticamente por completo a cultura babilônica. As escavações arqueológicas realizadas permitiram que fossem encontradas importantes obras de literatura. Uma das mais valiosas é a magnífica coleção de leis (século XVIII a.C.) denominada Código de Hamurabi, que, junto com outros documentos e cartas pertencentes a diferentes períodos, proporcionam um amplo quadro da estrutura social e da organização econômica do império da Babilônia.
Mais de 1200 anos se passaram desde o glorioso reinado de Hamurabi até a conquista da Babilônia pelos persas. Durante esse longo período, a estrutura social e a organização econômica, a arte e a arquitetura, a ciência e a literatura, o sistema judicial e as crenças religiosas babilônicas, sofreram considerável mudança. Baseados na cultura do Sumer, os feitos culturais da Babilônia deixaram uma profunda impressão no mundo antigo e particularmente nos hebreus e gregos. A influência babilônica é evidente nas obras de poetas gregos como Homero e Hesíodo, na geometria do matemático grego Euclides, na astronomia, astrologia, heráldica e na Bíblia.
2.000 a.C. – 1.800 a.C.
“Stonehenge (c. 1800 a.C.)”
Stonehenge, monumento pré-histórico situado na planície de Salisbury, ao sudoeste da Inglaterra. Acredita-se que tenha sido erguido entre o neolítico (final da Idade da Pedra) e a Idade do Bronze. É o mais famoso dos monumentos megalíticos da Inglaterra e a estrutura pré-histórica mais importante na Europa. É formado por quatro círculos concêntricos de pedra.
“História de Sinuhe (1800 a.C.)”
1.800 a.C. – 1.600 a.C.
“China: dinastia Chang (1766-1027 a.C.)”
Dinastia Chang, primeira dinastia imperial da China. Os primeiros calendários e documentos históricos chineses aparecem durante a dinastia Chang. É difícil datar seu reinado, que foi entre 1480 e 1050 a.C. A dinastia governava o que hoje em dia é a China setentrional e central, o planalto de Huang He e o território das províncias de Henan, Hebei e Shandong. O Estado e sua cultura evoluíram de acordo com as características da Idade da Pedra. A tecnologia Chang consistia numa combinação de elementos da Idade do Bronze e da Idade do Ferro. A tradição chinesa descreve o último monarca Chang como um tirano cruel, que foi derrotado por um enérgico rei Chou. O domínio Chang assentou as bases da civilização chinesa.
“Centeio (1700 a.C.)”
Centeio, nome comum de um cereal anual nativo da Eurásia temperada, onde é usado principalmente para fazer pão (misturado com outros cereais) e como forragem para o gado. É empregado também na fabricação de uísque, participando com mais de 50% na mistura de cereais utilizados para produzir o malte. A planta se caracteriza pelas espigas delgadas que contêm as sementes, formadas por duas ou mais espículas.
Classificação científica: Família das Gramíneas. É a espécie Secale cereale.
“Domesticação do cavalo (c. 1668 a.C.)”
“Língua grega (c. 1600 a.C.)”
“Código de Hamurabi (c. 1792-1750 a.C.)”
Código de Hamurabi, coleção de leis e editos do rei Hamurabi, que constitui o primeiro código conhecido da história. Compõe-se de uma série de emendas ao Direito comum da Babilônia. Uma cópia do mesmo, realizada em escrita cuneiforme esculpida sobre um bloco de pedra negra de dois metros de altura, encontra-se atualmente no Museu do Louvre.
1.600 a.C. – 1.400 a.C.
“Egito: Império Novo (1570-1070 a.C.)”
“Hatshepsut (1504 a.C.)”
Hatshepsut (1520-1483 a.C.), governante egípcia da XVIII dinastia (1503-1483 a.C.), filha de Tutmés I. Contraiu matrimônio com seu meio-irmão, Tutmés II, ao lado de quem governou o Egito até 1504 a.C., quando da morte de Tutmés II.
“Índia: dinastia Mauria (c.1500-185 a.C.)”
Mauria, Dinastia, dinastia imperial que governou a Índia aproximadamente do ano 321 até 185 a.C.; a primeira que quase logrou reunificar todo o subcontinente sob uma única autoridade. Tinha sua sede no reino de Magadha, que Chandragupta, fundador da dinastia, ocupou por volta do ano 321 a.C. após enviar um variado contingente contra a moribunda dinastia Nanda. Estendeu seu poder a quase toda a Índia setentrional e central, assim como ao Afeganistão e ao Hindu Kus. A sociedade encontrava-se dividida em grupos sociais ou castas, semelhante ao atual sistema de castas na Índia e contava com um grande exército.
“Os hebreus: nascimento e expansão do judaísmo (1500 a.C.-70 d.C.)”
“Escrita silábica (1400 a.C.)”
Escrita, método de comunicação humana realizado por meio de sinais visuais que constituem um sistema. Estes sistemas podem ser incompletos ou completos. Os sistemas incompletos, usados para anotações, são mecanismos técnicos que registram feitos significativos ou expressam significações gerais. Incluem a escrita pictográfica, a ideográfica e a usada por objetos marcados.
Nos sistemas incompletos não existe correspondência entre os signos gráficos e a língua representada, o que os torna ambíguos. Um sistema completo é aquele capaz de expressar, na escrita, tudo quanto formula oralmente. Caracteriza-se pela correspondência, mais ou menos estável, entre os sinais gráficos e os elementos da língua que transcreve.
Os sistemas completos classificam-se em ideográficos (também chamados morfemáticos), silábicos e alfabéticos. O sistema ideográfico, denominado ideograma, representa palavras completas. O sistema silábico utiliza signos que representam sons com os quais se escrevem as palavras. O sistema alfabético tem mais signos para escrever e cada signo representa um fonema. Ver também Descoberta do Alfabeto.
O primeiro escrito conhecido, anterior a 3000 a.C, é atribuído aos sumérios da Mesopotâmia. Escrito com caracteres ideográficos, propicia uma leitura pouco precisa. Identifica-se nele o princípio da transferência fonética e é possível rastrear sua história até averiguar como foi convertido em escrita ideossilábica. No caso dos egípcios, são conhecidos escritos que remontam a cerca de cem anos depois e também registram o princípio da transferência fonética.
Outros sistemas ideossilábicos surgiram mais tarde no Egeu, Anatólia e na Indochina. Na última metade do segundo milênio antes de Cristo, os povos semíticos, que viviam na Síria e na Palestina, adotaram o silabário egípcio. Os gregos basearam-se na escrita dos fenícios e acrescentaram a ela vogais e consoantes, criando a escrita alfabética em torno de 800 a.C.
1.400 a.C. – 1.200 a.C.
“Akhenaton (1350-1334 a.C.)”
Akhenaton ou Amenófis IV, faraó egípcio (1350?-1334 a.C.), também chamado Neferkheperure, Aknaton ou Amenhotep IV. Akhenaton era filho de Amenófis III e da imperatriz Tiy e marido de Nefertiti, cuja beleza é conhecida através de esculturas da época. Akhenaton foi o último soberano da XVIII dinastia do Império Novo e se destacou por identificar-se com Aton, ou Aten, deus solar, aceitando-o como único criador do universo. Alguns eruditos consideram-no o primeiro monoteísta. Depois de instituir a nova religião, mudou seu nome de Amenófis IV para Akhenaton, que significa “Aton está satisfeito”.
Mudou a capital de Tebas para Akhenaton, na atual localização de Tell al-Amama, dedicando-a a Aton, e ordenou a destruição de todos os resquícios da religião politeísta de seus ancestrais. Essa revolução religiosa determinou transformações no trabalho dos artistas egípcios e, também, no desenvolvimento de uma nova literatura religiosa. Entretanto, essas mudanças não continuaram após a morte de Akhenaton. Seu genro, Tutankhamen, restaurou a antiga religião politeísta e a arte egípcia uma vez mais foi sacralizada.
“Karnak (c. 1220 a.C.)”
Karnak (antiga Hermonthis), cidade do leste do Egito, às margens do rio Nilo. Está localizada sobre a metade setentrional da antiga Tebas. A metade meridional da cidade é ocupada por Luxor. Karnak é famosa pelas ruínas de um grupo de templos construídos quando Tebas era o centro da religião egípcia. O templo mais notável é o do deus Amon.
“Cânticos vedas (1200 a.C.)”
Vedas (em sânscrito “conhecimento”), os escritos sagrados mais antigos do hinduísmo ou cada um dos livros que formam o conjunto. Estes escritos literários antigos consistem de quatro conjuntos de hinos, incluindo formulações poéticas e fórmulas cerimoniais. São conhecidas como Rig-Veda, Sama-Veda, Yajur-Veda e Atharva-Veda. Também são chamadas de as samhitas (que significa “coleção”).
As quatro coleções de vedas foram compostas em védico, uma forma antiga do sânscrito. Acredita-se que as passagens mais antigas foram escritas por estudiosos procedentes, em sua maioria, dos arianos que invadiram a Índia entre os anos 1300 e 1000 a.C. No entanto, as coleções de vedas, tal como as conhecemos hoje, datam, provavelmente, do século III a.C. Antes de serem escritas, sábios chamados rishi as transmitiram oralmente, transformando-as e elaborando-as durante este processo. Desta maneira, preservaram grande parte do material ariano original e da cultura dravidiana da Índia, distinguidas, claramente, no texto.
As três primeiras samhitas consistem num apanhado de instruções para condução de rituais do período védico, oficiadas por três tipos de sacerdotes que comandavam as cerimônias de sacrifícios. Rig-Veda contém mais de mil hinos (em sânscrito, rig), compostos em várias métricas poéticas e ordenados em dez livros. Sama-Veda revela passagens em verso tomados, em sua maioria, do Rig-Veda. Yajur-Veda são duas revisões compostas parte em verso e parte em prosa com o mesmo material, ordenado de forma diferente. Também contém fórmulas para os sacrifícios (em sânscrito, yaja significa “sacrifício”). Já Atharva-Veda parte do qual a tradição atribui a um rishi chamado Atharvan, é composto por uma ampla variedade de hinos, encantamentos e palavras mágicas.
1.200 a.C. – 1.000 a.C.
“México: civilização olmeca (1200-300 a.C.)”
Olmecas, povo mexicano que originou a mais antiga civilização (1500-900 a.C.) da Mesoamérica, situada nos atuais estados de Veracruz e Tabasco. A civilização olmeca deixou estabelecidos padrões de cultura que influenciaram os séculos posteriores. Considerada cultura ‘madre’ do México, destacam-se as colossais cabeças com mais de 25 t de peso.
“Mercadores fenícios dominam o Mediterrâneo (1200-332 a.C.)”
“Grécia: período arcaico (1200-500 a.C.)”
“Oriente Médio: Império Assírio (c. 1200-609 a.C.)”
Assíria (antigo Ashur, Ashshur ou Assur), antigo país da Ásia, localizado ao norte da Mesopotâmia, a partir da fronteira norte do atual Iraque. Suas conquistas se estenderam aos vales dos rios Tigre e Eufrates. A parte ocidental do país era uma estepe adequada apenas a uma população nômade. Entretanto, a parte oriental era apropriada para a agricultura, com colinas cheias de bosques e férteis vales banhados por pequenos rios.
A leste da Síria se encontram os montes Zagros; ao norte, um escalão de platôs conduz ao maciço armênio; a oeste se estende a planície da Mesopotâmia. Ao sul se encontrava o país conhecido primeiro como Sumer, depois Sumer e Acad e, mais tarde, Babilônia.
Mesopotâmia é o nome que os antigos gregos deram a toda a região em que surgiram esses países, incluindo a Assíria. As cidades mais importantes da Assíria, todas situadas no território do atual Iraque, eram Assur, atualmente Sharqat; Nínive, da qual os únicos vestígios que indicam sua localização são dois grandes tells (colinas formadas sobre ruínas), Quyunyik e Nabi Yunas; Calach, hoje Nimrud, e Dur Sharrukin, atualmente Jursabad (Jorsabad).
A literatura assíria era praticamente idêntica à babilônica, e os reis assírios mais cultos, principalmente Assurbanipal, se gabavam de armazenar em suas bibliotecas cópias de documentos literários babilônicos. A vida social ou familiar, os costumes matrimoniais e as leis de propriedade também eram muito parecidas. E as práticas e crenças religiosas, muito semelhantes às da Babilônia, inclusive o deus nacional assírio, Assur, foi substituído pelo deus babilônio Marduk.
A principal contribuição cultural assíria ocorreu no campo da arte e da arquitetura. Segundo os descobrimentos arqueológicos, a Assíria foi habitada desde o início da era paleolítica. Apesar disso, a vida sedentária não teve origem nessa região, até cerca de 6500 a.C. O fim do Império Assírio ocorreu no ano de 612 a.C., quando o exército, comandado por seu último rei, Assur-Uballit II (612-609 a.C.), foi derrotado pelos medas em Harran.
Ao longo de sua história, o poder da Assíria dependeu quase que inteiramente de sua força militar. O rei era o comandante-em-chefe do exército e dirigia suas campanhas. Embora em teoria fosse monarca absoluto, na realidade os nobres e cortesãos que o rodeavam, assim como os governadores que nomeava para administrar as terras conquistadas, tomavam frequentemente decisões em seu nome. As ambições e intrigas foram uma ameaça constante para a vida do governante assírio. Essa debilidade central na organização e na administração do Império Assírio foi responsável por sua desintegração e colapso.
“Alfabeto grego (c. 1050 a.C.)”
1.000 a.C. – 800 a.C.
“África: reino de Núbia (c. 1000 a.C.-c. 350 d.C.)”
Núbia, região do nordeste da África, situada em ambos os lados do Nilo, entre Asuã no Egito e Khartum no Sudão. Foi governada pelo Egito até que no século VIII a.C. os núbios conseguiram a independência, mantendo-a até a conquista pelos árabes.
“Salomão (950 a.C.)”
Salomão, rei do antigo Israel (reinou entre 961-922 a.C.), segundo filho de Davi e Betsabá (II Sam. 12,24), foi o último rei do Israel unificado. Na literatura judaica e muçulmana posterior aparece não apenas como o mais sábio dos sábios, mas, também, como personagem capaz de dirigir os espíritos do mundo invisível. Ocupa lugar destacado na literatura e na história e foi o construtor do templo de Jerusalém. Grande administrador, manteve o reino unido, melhorando as fortificações e estabelecendo alianças com Tiro e outras nações vizinhas.
“Cartago domina o Mediterrâneo ocidental (c. 800-146 a.C.)”
800 a.C. – 600 a.C.
“Nascimento de Roma (753-44 a.C.)”
“Primeiros Jogos olímpicos (776 a.C.)”
Jogos Olímpicos na Antiguidade, os mais famosos dos quatro jogos antigos celebrados pelos gregos. Celebravam-se no verão a cada quatro anos (período denominado olimpíada) em Olímpia e em honra a Zeus. Apenas podiam competir homens honrados de descendência grega. Converteram-se em uma celebração com diferentes provas: corridas a pé, luta, pugilismo, pancratium,corridas de cavalos e pentatlo. Os ganhadores recebiam guirlandas de oliva e outorgavam fama a suas cidades de origem. Alcançaram sua popularidade máxima nos séculos V e IV a.C. Em 394 d.C., Teodósio I, o Grande, suspendeu-os. Ver Jogos Olímpicos.
“Zoroastro (630 a.C.)”
Zoroastro (630-550 a.C.), ou Zaratustra, profeta da religião persa, fundador do zoroastrismo. Acredita-se que foi sacerdote e, desde a juventude, tenha recebido revelações de Ahura Mazda (“Senhor do conhecimento”). As conversas com esta divindade — além das dificuldades que encontrou em suas pregações — foram recolhidas nos Gathas que constituem parte das escrituras sagradas chamadas Avesta. A profundidade intelectual de sua religião influenciou o pensamento ocidental. Platão, Aristóteles e outros pensadores gregos (ver Filosofia grega) interessaram-se por suas doutrinas. Zoroastro deixou expresso que apenas Ahura Mazda é digno de culto e que um de seus filhos tornou-se demônio, fato que dividiu o mundo nos princípios opostos do bem e do mal (ver Maniqueísmo). Estes dois elementos prefiguram a posterior especulação ética e religiosa.
“Império Caldeu (626-539 a.C.)”
“Leis de Dracon (621 a.C.)”
600 a.C. – 1 d.C.
“Cativeiro da Babilônia (597-538 a.C.)”
Cativeiro da Babilônia, período entre a deportação dos judeus da Palestina para a Babilônia, efetuada pelo rei Nabucodonosor II, e a libertação, em 538 a.C., pelo rei persa Ciro.
“Império persa (557-331 a.C.)”
“Taõ rico quanto Creso (c. 550 a.C.)”
Creso (reinou de 560 a 546 a.C.), último rei da Lídia, antigo país da Ásia Menor. Quando seu pai, o rei Aliates da Lídia, morreu em 560 a.C., Creso depois de uma breve disputa, com seu meio-irmão, tornou-se rei. Expandiu seus domínios, dominando todas as cidades gregas situadas na costa da Ásia Menor (atual Turquia), acumulando uma enorme fortuna a partir dos saques realizados.
“Buda (c. 528)”
Buda (563?-483? a.C.), fundador do budismo, nascido com o nome de Sidarta, no parque Lumbini, perto de Kapilavastu, onde hoje é o Nepal. O nome de Buda Gautama, pelo qual se tornou conhecido o Buda histórico, é uma combinação de seu nome de família, Gautama, e o epíteto Buda que significa “o iluminado”. Começou a buscar a iluminação aos 29 anos, ao descobrir que o sofrimento é o destino da humanidade. Em busca da verdade, abandonou a família e a riqueza. Durante seis anos, esforçou-se para alcançar a iluminação através de um severo ascetismo. Percebendo a ineficácia deste método, modificou-se a ponto de perder os discípulos. Aos 35 anos, atingiu a iluminação e compreendeu as Quatro Grandes Verdades: 1) toda existência é sofrimento; 2) todo sofrimento é provocado pela ignorância; 3) pode-se vencer o sofrimento superando a ignorância; 4) esta superação é alcançada através do Grande Caminho Óctuplo, da moralidade e da sabedoria. Decidido a divulgar o dharma (lei) reuniu-se, perto de Benarés, com os antigos discípulos que o aceitaram como mestre e se ordenaram monges. Um de seus princípios fundamentais é o “caminho do meio”, entre os extremos do sacrifício e da autocompaixão. Morreu aos 80 anos, em Kusinagara, depois de uma vida missionária. Sua rebelião contra o sistema de castas e os extremismos hedonistas, ascéticos e espirituais influiu, decisivamente, na formação do hinduísmo.
“Maratona (490 a.C.)”
“Partenon (447-432 a.C.)”
Pártenon, templo dórico dedicado a Atena Parthenos, situado no alto da Acrópolis de Atenas. Foi construído no século V a.C. a partir do projeto dos arquitetos Ictino e Calícrates, embora sua concepção esteja de certa forma relacionada à figura do escultor Fídias.
“Sócrates (399 a.C.)”
Sócrates (470- 399 a.C.), filósofo grego. Foi o fundador da filosofia moral, ou axiologia. Nascido em Atenas, familiarizou-se com a retórica e a dialética dos sofistas, pensadores profissionais que combateu com veemência.
Ao contrário dos sofistas, que cobravam para ensinar, Sócrates passou grande parte de sua vida provocando discussões em que ajudava o interlocutor a descobrir as próprias verdades, num método que ficou conhecido como maiêutica. Nunca cobrou por suas aulas e ensinamentos. Antes de Sócrates, os filósofos acreditavam que deviam procurar uma explicação para o mundo natural. Depois dele, o pensamento voltou-se para os assuntos que Sócrates considerava fundamentais: o homem e o humano, temas espelhados na ética e na filosofia.
Sócrates jamais escreveu sobre qualquer assunto e as informações sobre ele procedem do historiador Xenofonte e, sobretudo, de Platão, que o descreveu como alguém que se ocultava atrás de uma irônica profissão da ignorância. Uma das histórias que sobreviveu ao tempo conta que, ao ser apontado pelo oráculo de Delfos como o mais sábio de todos os homens, Sócrates teria respondido: “só sei que nada sei”.
Sócrates foi o primeiro nome da trindade de pensadores gregos que marcaram a filosofia e cultura ocidental. Os outros dois são Platão e Aristóteles. Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente em 470 a.C. Era filho de uma parteira e de um homem bem relacionado nos meios políticos da cidade. Estudou com Arquelau, discípulo de Anaxágoras, e lutou em várias batalhas na guerra do Peloponeso. Casou-se com Xantipa, com quem teve três filhos. Seus contemporâneos o descrevem como um homem feio, mas dotado de grande senso de humor, arma que geralmente utilizava para obrigar um oponente a confessar sua ignorância sobre um assunto em pauta.
Sua contribuição à filosofia teve acentuado caráter ético. A base de seus ensinamentos foi a crença na compreensão dos conceitos de justiça, amor, virtude e conhecimento de si. Sócrates acreditava que todo vício é produto da ignorância. A virtude, afirmava, é conhecimento. Aqueles que conhecem o bem, agem de maneira justa. Acusado de desprezar os deuses do Estado e de introduzir novas divindades, foi condenado à morte. Embora seus amigos tivessem preparado sua fuga da prisão, preferiu acatar a lei, morrendo após beber uma infusão de cicuta.
“China: a dinastia Tsin unifica o país (361-206 a.C.)”
“Grécia: período helenístico (336 a.C.-27 d.C.)”
“Geometria de Euclides (c. 300 a.C.)”
“América Central: civilização maia (300 a.C.-900 d.C.)”
“Grande Muralha da China (c. 221-204 a.C.)”
Muralha da China, Grande, fortificação ao longo da fronteira norte e nordeste da China, que se estende de Jinwangdao (Chinwangtao), passando pelo golfo de Chihli (Bo Hai o Po Hai), até as proximidades de Gaodai (Kaotai) pelo leste, e a província de Gansu (Kansu) pelo oeste, com uma muralha interior que vai na direção sul das proximidades de Pequim até quase chegar a Handan (Hantan). O maior trecho da Muralha foi construído no reino de Ch’in Shih Huang Ti, primeiro imperador da dinastia Tsin (ou Qin), como defesa contra ataques dos povos nômades.
“Hispânia romana (218 a.C.-416 d.C.)”
“China: dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.)”
Han, Dinastia, dinastia chinesa (206 a.C.-220 d.C.) fundada por Liu Pang (mais tarde Gaodi) um humilde soldado que chegou a ser duque de Pei, depois príncipe de Han e por último (206 d.C.) imperador da China. Os Han lograram fazer da China um poderoso estado unificado. Liu forjou seu império, o dos primeiros Han (antigo ocidental), durante a luta pela sucessão que veio depois da morte do primeiro imperador, Shi Huangdi, e o desmembramento de seu curto império Ch’in (Qin), tomando a cidade de Ch’ ang-an, hoje em dia Xi’an (Sian) na província de Shaanxi (Shensi), como sua capital. Os primeiros Han decaíram no século I a.C.por terem vários imperadores meninos, consortes nepotistas e lutas pelo poder. Liu Xiu (mais tarde Kuang Wu Ti), o décimo quinto imperador Han, restabeleceu a dinastia conhecida com o nome dos Han modernos ou Han orientais (25-220 d.C.) e transferiu a capital para Luoyang (Lo-yang), na província de Henan (Ho-nan). Restaurou a estrutura governamental dos primeiros Han, mas por volta do ano 100 d.C., esta voltou a se deteriorar. Os primeiros Han somaram quatorze imperadores e os modernos Han doze.
“Estradas e República romanas (170 a.C.)”
“Império romano (44 a.C.-476 d.C.)”
Império de Roma ou Romano (Império), período da história de Roma caracterizado por um regime político dominado por um imperador, que compreende desde o momento em que Otávio recebeu o título de Augusto (27 a.C.) até a dissolução do Império Romano do Ocidente (476 d.C.). O Império sucedeu à República de Roma. Augusto reorganizou o território, acabando com a corrupção e extorsão que haviam caracterizado a administração do período anterior. Esse período representa o auge da idade de ouro da literatura latina, em que se destacam as obras poéticas de Virgílio, Horácio e Ovídio e a obra em prosa de Tito Lívio. Os imperadores seguintes da dinastia Júlio-Cláudia foram: Tibério, Calígula, Cláudio I e Nero. Durante os últimos anos, cometeram-se muitos excessos de poder. Vespasiano, junto com seus filhos Tito e Domiciano, constituíram a dinastia dos Flávios. Ressuscitaram a simplicidade do início do Império e tentaram restaurar a autoridade do Senado e promover o bem-estar do povo. Marco Cocceius Nerva (96-98) foi o primeiro dos denominados cinco bons imperadores, junto com Trajano, Adriano, Antonino Pio e Marco Aurélio. Com Trajano, o Império alcançou sua máxima extensão territorial e seus sucessores estabilizaram as fronteiras. A dinastia dos Antoninos terminou com o sanguinário Lúcio Aurélio Cômodo. Constituíram a dinastia dos Severo: Lúcio Sétimo Severo, hábil governante; Caracala, famoso por sua brutalidade; Heliogábalo, imperador corrupto; e Alexandre Severo, que se destacou por sua justiça e sabedoria. Dos 12 imperadores que governaram nos anos seguintes, quase todos morreram violentamente. Os imperadores ilírios conseguiram que se desenrolasse um breve período de paz e prosperidade. Esta dinastia incluiu Cláudio II, o Gótico, e Aureliano. Diocleciano levou a cabo um bom número de reformas sociais, econômicas e políticas. Após seu mandato, houve uma guerra civil que só terminou com a ascensão de Constantino I, o Grande, que se converteu ao cristianismo e estabeleceu a capital em Bizâncio. Teodósio I reunificou o Império pela última vez. Após sua morte, Arcádio se converteu em imperador do Oriente e Honório, em imperador do Ocidente. Os povos invasores empreenderam gradualmente a conquista do Ocidente. Rômulo Augústulo, último imperador do Ocidente, foi deposto no ano de 476. O Império do Oriente, também denominado Império Bizantino, perduraria até 1453.
“Jesus Cristo (c. 4 a.C.)”
Jesus, personagem principal do cristianismo, nascido em Bélem, Judéia, em data imprecisa, provavelmente entre 8 a.C. e 29 d.C. Para os cristãos, Jesus é o Filho de Deus, concebido por Maria, mulher de José. As principais fontes de informação sobre sua vida encontram-se nos Evangelhos. Todos os Evangelhos sinópticos – os três primeiros, de Mateus, Marcos e Lucas, assim chamados por apresentarem uma visão similar da vida de Cristo – relatam que Jesus iniciou sua vida pública depois da prisão de João Batista, que o batizou no rio Jordão. Após o batismo e o retiro no deserto, Jesus voltou à Galileia, transferiu-se para Cafarnaum e começou a pregar. Quando o número de seguidores cresceu, escolheu 12 discípulos. Com eles, estabeleceu sua base em Cafarnaum e viajou pelas cidades próximas proclamando a chegada do reino de Deus. Sua ênfase na sinceridade moral – mais do que na observância rígida do ritual judaico – provocou a inimizade dos fariseus. O momento mais importante de sua vida pública ocorreu em Cesareia, quando Simão, depois chamado Pedro, comprovou que Jesus era o Cristo. Esta revelação, a posterior predição de sua morte e ressurreição, as condições da missão que seus discípulos deviam cumprir e sua transfiguração, constituem a base principal das crenças cristãs. Na época da Páscoa judaica, Jesus fez sua última viagem a Jerusalém. Os sacerdotes e escribas (Jó. 11;48) conspiraram com Judas Iscariotes para prendê-lo. Jesus celebrou a ceia da Páscoa (Mt. 26;27), abençoou o pão e o vinho anunciando que, quando fiéis se reunissem e repetissem aquele gesto, “farão em memória de mim” e advertiu seus discípulos sobre a iminente traição e morte. Desde então, este ritual, a Eucaristia, constitui o principal sacramento da Igreja. Depois de preso, Jesus foi conduzido ao Conselho Supremo Judaico onde Caifás pediu que Jesus declarasse se era “o Messias, o filho de Deus” (Mt. 26,63). Por esta declaração, Jesus foi condenado à morte, sentenciado por Pôncio Pilatos. Após ser torturado, Jesus foi levado ao Gólgota e crucificado. “Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago” (Mc. 16,1), indo ao sepulcro para ungir seu corpo antes de o enterrarem, encontraram-no vazio e receberam, através de um anjo, o anúncio de sua ressurreição. Conforme o Novo Testamento (ver Bíblia), este fato converteu-se numa das doutrinas essenciais da cristandade. Todos os evangelhos assinalam que, após a morte e ressurreição, Jesus continuou a pregar a seus discípulos. Lucas (24;50,51) e os Atos dos Apóstolos (1;2,12) relatam sua ascensão aos céus, 40 dias após a ressurreição. Na história do cristianismo, a vida e ensinamentos de Jesus foram, muitas vezes, tema de discussão e de diferentes interpretações. Definir sua natureza tornou-se objeto de uma disciplina chamada cristologia.