O efeito estufa é um fenômeno natural que implica retenção de parte do calor emitido pelo Sol, impedindo que as temperaturas da Terra sejam muito baixas.
A grande quantidade de gases poluentes que vem sendo liberada para a atmosfera nos últimos anos, entretanto, tem intensificado a temperatura média global.
Causas
O aumento das atividades industriais, o desmatamento e a queima de combustível dos veículos têm contribuído para intensificar o efeito estufa.
O dióxido de carbono (CO2), cuja emissão ocorre principalmente pela queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral, gás natural), é o elemento desencadeador do efeito estufa. Esse gás também é emitido em grande quantidade para a atmosfera quando ocorrem queimadas de florestas.
No Brasil, o desmatamento e as queimadas são as principais fontes poluidoras, seguidas da queima de combustíveis por veículos.
Além do dióxido de carbono, há outros gases estufa, como o metano (CH4, liberado principalmente pela decomposição do lixo), que, juntos, aumentaram sua emissão em um terço desde o início da Revolução Industrial.
Os gases poluentes, emitidos à atmosfera pelas atividades humanas, permitem que a luz e o calor solares atinjam a superfície terrestre, mas impedem a dissipação (irradiação) do calor, causando aquecimento anormal na atmosfera global.
Como ocorre o efeito estufa
Os gases que formam a atmosfera da Terra permitem a passagem da radiação solar, e retém grande parte do calor, à semelhança do que ocorre em uma estufa de vidro na qual se cultivam plantas.
O vidro deixa passar a luz, que é absorvida pelo solo e refletida na forma de calor. As ondas de calor não atravessam bem o vidro, são refletidas e aquecem a estufa. Por essa razão o efeito do aquecimento do planeta é chamado de efeito estufa.
Também colaboram, em menor grau, para esse efeito o vapor de água na atmosfera, o gás metano (produzido na decomposição da matéria orgânica e na fermentação da comida no intestino de cupins e ruminantes), o dióxido de nitrogênio (produzido na combustão da matéria orgânica) e os clorofluorcarbonos (CFCs, que têm algumas aplicações industriais).
Consequências
Toda essa concentração de gases poluentes na atmosfera forma uma espécie de capa sobre o planeta, impedindo o calor irradiado da Terra de voltar e expandir-se para a atmosfera.
Esse calor retido promove aquecimento no planeta, o que, segundo alguns cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas), fez do século XX o mais quente dos últimos 500 anos, com acréscimo da temperatura média do planeta entre 0,3% e 0,6%.
Embora ainda muito debatidas, as consequências da aceleração do efeito estufa já são visíveis em vários setores: derretimento das calotas polares e aumento do nível médio dos oceanos, desordens climáticas, extinção de espécies vegetais e animais em razão do desequilíbrio do ecossistema, redução de chuvas provocando secas etc.
A intensificação do efeito estufa preocupa pelas desordens em maior escala que podem gerar, por exemplo, escassez de alimentos em áreas atingidas por secas ou inundações e necessidade de deslocamento de populações.
O que se tem feito para controlar o efeito estufa
Reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera é fundamental para o controle do efeito estufa. Isso demanda restringir o ritmo industrial e a produção de energia nos países poluidores, que são a maioria dos desenvolvidos, atitude que se contrapõe a seus interesses econômicos.
Em 2005, entrou em vigor o Protocolo de Kyoto, ratificado por mais de 160 países. Os países industrializados — os que mais emitem gases de efeito estufa — comprometeram-se a reduzir, no período de 2008 a 2012, suas emissões em 5,2% em relação aos dados de 1990.
Um aspecto importante ocorrido após o Protocolo de Kyoto foi o caráter econômico da redução das emissões de poluentes. Convencionou-se que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono, o qual pode ser negociado no mercado internacional.
Os países mais poluentes, listados no anexo 1 do Protocolo (o qual inclui o Brasil), devem se manter abaixo da cota de emissões, negociando cotas entre quem emite menos gases.
Fonte: World Resources Institute
Por: Messias Rocha de Lira
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